Meu casamento indissolúvel... não há como dissolvê-lo em água e tomá-lo como remédio. É engoli-lo a seco, mesmo, dia após dia... ano após ano... década após década... minuto após minuto, sem trégua, sem férias conjugais, sem banho de sol cada qual num canto, e precisando agradecer ao Deus por ele, por este casamento indissolúvel... todos os dias agradecer por este casamento absolutamente sem separação possível sequer por segundos...
        Ainda bem, Zuleika, que ninguém sabe, realmente, do que você está falando... Para todos os efeitos teça, neste instante, uma boa hipótese satisfatória e que não cause escândalo: Você fala do seu casamento consigo mesma. Ufa, que alívio! Belo e plausível álibi este, álibi que não deixa de ser fato... É ele o fato de que  você fala? Que seja ele o fato.
        Apesar de tudo, essas duas se amam. Pois é: elas se amam... Não se entendem em nada, em nadica de coisa nenhuma, mas, se amam...Eta, amor difícil o desse casamento indissolúvel. Eta irmãs siamesas! Eta!