Faxina atemporal
No início do ano é sempre assim:
Novos planos...
Metas traçadas...
Para um ponto fixo vislumbrando, desejamos o que é de melhor para os outros e, por que não para nós mesmos?
Alguns quilinhos a mais que necessitamos perder pra deixar a saúde em dia...
Um novo emprego que se ganhe mais e nos dê a estabilidade desejada em pleno momento de crise.
Uma nova aspiração para a vida e, deixarmos o que não presta e o que em nada acrescenta de lado.
O tão esperado e, às vezes, o temido exame de consciência realizamos...
Em prática colocamos a faxina e as gavetas em ordem.
Com calma e até mesmo com certa pressa analisamos...
O que mais importante pensamos ser, permanece guardado.
E o que não mais nos agrada ou não mais nos interessa se for um papel qualquer, um cartão daquela pessoa que um dia amada, mas mesmo assim nos magoou... Simplesmente o rasgamos e sem remorso algum o descartamos na lixeira e nos labirintos da alma.
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O início de mais um ano está presente em nossas vidas...
Ainda vivemos sob a ressaca dos pedidos que realizamos em plena queima dos fogos de artifícios, almejando que os próximos 365 dias sejam repletos de alegria e realizações, assim como o seu colorido.
E, se por acaso, nestes meses vindouros existir algum contratempo e, nas entrelinhas surgirem fagulhas de decepção ou de tristeza...
Bem mais fácil seria se pudéssemos reciclar e passar um corretor para subtrairmos os sentimentos ruins, multiplicarmos os acontecimentos bons, somarmos as alegrias e dividirmos as conquistas!
Porém, 2016 já se faz presente!
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Em pleno século XXI, poderíamos ser programados de outra maneira, com uma capacidade emocional mais humana e não irracional.
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Os dias passam...
As décadas caminham a léguas por milésimos de centésimos de segundos...
Os séculos giram em torno de um eixo...
E a criatura humana evolui a passos lentos, talvez, a tartaruga seja mais hábil e gentil.
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O software de nossa máquina creio que esteja desatualizado...
Com o tempo aguardando uma nova atualização.
Mas quem sabe, não acontece?
Porque somos em geral egoístas e mesquinhos, pensando apenas em benefício próprio.
E quem é que sabe?
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A nossa limpeza poderia não ser apenas em âmbito material em nossas gavetas e em nossos armários, mas também no espiritual em si...
Todos nós possuímos a capacidade da evolução...
De querermos algo a mais...
Se atingirmos uma conquista, por que não ambicionar algo maior?
Essa é a nossa capacidade de resiliência.
Para cada dia criarmos mais espaços e neles deixarmos os nossos troféus. Não para nos vangloriarmos, e sim, para mostrarmos do que somos capazes de realizar.