UM ALERTA PARA EVENTUAL GOVERNO.

Não ocorreu golpe, não haverá golpe, ou seja, ruptura institucional, e muito menos haverá sangue derramado. Cão que ladra não morde, é velho jargão, e esse cão nem dente tem para morder. É como a fala da “impedida” parcialmente na ONU, sabe até onde pode ir, a impropriedade que suas hostes ameaçavam falar restou silente. Tribuna diversa.

Clarezas irrecusáveis que astutos enxergam à inteireza, não escapam mesmo dos primários. Condutas caracterizadas pela superficialidade tem conselheiros próximos para abortamento. Ser superficial não é pecado de consciência quando se trata de convicções que não ferem ninguém nem agridem direitos consagrados nas leis. É preciso ter visão mínima.

É lícito ter falsas convicções, pois são falsas para uns e verdadeiras para outros. Faz parte do andamento da humanidade. Tentar cercear convicções contrárias ao que propaga, como se qualquer convicção visasse suas posições, é infantilismo. Ser militante da contrariedade precariamente, é de extrema fragilidade, um tanto hipocrisia por um simples motivo, desemboca em falsidade em afirmar o que é, o que veste, o que encarna em sua estampada e troante caminhada, e dizer não ser e não vestir, e não encarnar de forma sonante.

Qual político tem biografia limpa? Alguns, pouquíssimos. O que está acontecendo? Uma reação do povo em maioria que está absolutamente insatisfeito, não só com a quebra da Lei de Meios, o orçamento, mas com toda a ordem de escândalos e administração indevida, em muitos escaninhos da coisa pública.

ISSO DEU IMPULSO AO FENÔMENO QUE TEM COMO CAUSA DELITO POLÍTICO-ADMINISTRATIVO, POLÍTICO-PENAL CUJA CONSEQUÊNCIA É O AFASTAMENTO DE CARGO PÚBLICO. A CAUSA É O DESVIO DA COISA PÚBLICA ALIMENTADA PELA INCONFORMAÇÃO DAS MASSAS NAS RUAS, SEM MAIORES INTERESSES COMO OS PARTIDÁRIOS, MAS EM RAZÃO DO INTERESSE COLETIVO, CIDADÃO. “ENFIAR A MÃO NO BOLSO DO CIDADÃO” QUE FICA EMPOBRECIDO E DESEMPREGADO, SEM RUMOS. ESTA A MAIOR RAZÃO.

A mudança vai ocorrer, é inexorável pelo andar da carruagem. E que seja a próxima administração no espaço do julgamento do Senado, seis meses, ou menor tempo, de decisões e sinalizações tais como:

1 – Que sejam feitos profundos cortes de gastos, redução significativa de ministérios, imediatamente, incontinenti, primeiríssimo passo, desagrade a quem quer que seja;

2- De forma alguma serão criados ou aumentados impostos;

3 - Serão abatidos fortemente os “cargos comissionados”, explique-se a quem não conhece, são os cidadãos que passam a integrar a administração sem concurso público, no Brasil um cabide de empregos para os apadrinhados dos partidos, e a maioria ganha sem produzir, formando universo inacreditável diante de países sérios, leia-se matéria ao final;

4 – São esses exércitos que formam um outro universo condutor de votos para recondução dos padrinhos e permanência dos apadrinhados na futura eleição. E se eternizam, e formam dinastias, olhem-se os nomes. O ideal é que com porcentagem mínima se tenha cargos de assessoria comprovada.

5- Possibilitar investimentos com capital privado como já existente e ampliados.

São iniciativas básicas, acrescendo-se que a classe política que está no governo e a que fará a mudança eventual na passagem transitória, se não fundar princípios mínimos como os apontados, sem ser dono da verdade, verá uma outra pressão sobre o Senado que julgará definitivamente o procedimento em curso.

Não se aborda a biografia dos inseridos no processo, nem se há oportunismo (enquanto na investidura, no poder, os que desenvolvem suas competências advindas da lei, têm legitimidade, até deposição) ao invés de “golpe”, outro fenômeno de poder, mas a necessidade de abortar o aprofundamento da crise econômica que só COMEÇA a ter solução, com bom tempo pela frente. Só então teremos estabilidade política mínima.

---------------------------------------------------------------------------------

"De acordo com dados do Portal da Transparência do Governo Federal, somente em 2013, o Senado contratou 588 funcionários para cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), os cargos de confiança ou comissionados. A contratação de não concursados não se limita ao Legislativo. O Executivo conta com cerca de 22,5 mil funcionários ocupando cargos comissionados, contra, aproximadamente, 4 mil nos Estados Unidos, 300 no Reino Unido e 500 na Alemanha e na França.

Claudio Weber Abramo

É o que afirma Claudio Weber Abramo, jornalista e diretor-executivo da ONG Transparência Brasil. Para ele, o excesso de cargos comissionados prejudica a administração pública. Conforme destaca Abramo, a falta de clareza sobre as atribuições da função de assessoramento superior acarreta na contratação de profissionais despreparados.

“Isso é aproveitado para justificar a nomeação de pessoas sem qualificação alguma, usualmente cabos eleitorais, gente a quem se deve favores”, afirma Abramo. “É impossível haver uma gestão eficiente nessas condições”, completa.

Bruno Garschagen, mestre em Ciências Políticas e em Relações Internacionais e especialista do Instituto Millenium, concorda com Abramo. “A finalidade [dos cargos comissionados] é aparelhar a administração pública com representantes do partido e dar emprego a apadrinhados políticos”, pontua."

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 22/04/2016
Reeditado em 22/04/2016
Código do texto: T5612824
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.