Gigantes Medos do Meu Psiquismo

Com o passar do tempo pude constatar, que meus fantasmas, meus (já não) queridos fantasmas, não são as lembranças, são os medos, desencadeados por traumas e mágoas, muitas mágoas.

Não são mais às lembranças que me atormentam, são meus medos, e o medo não pode ser medido, nem conceituado, não cabe numa definição do dicionário, tão pouco nos textos de renomados psiquiatras.

Imaginemos um menino, que passava todos os dias pelo mesmo lugar, contemplava às mesmas coisas. Ao chegar ao seu destino sempre relatava tudo à sua mãe, ela imaginava o que ele lhe contava, mas mesmo que ela caminhasse pelo mesmo lugar e contemplasse às mesmas coisas, não seria igual. E assim é com nossos medos, mesmo que às pessoas tenham passado pelo que passamos, não compreenderiam totalmente, porque sentir é único, desde o medo ao amor, da ira à compreensão, porque para isso, não fazemos uso da razão.

Por isso, não julgue um medo pequeno, mesmo que isso pareça aparente, pois esse foi meu maior erro, sub julguei meus medos, e até pensei ter me livrado deles. Os vi mais pequenos do que realmente eram e os sufoquei nas lembranças. Posterguei meus medos, e além de não ter me livrado deles, os alimentei.

E hoje, não somente cheia de lembranças, estou ainda mais repleta de fantasmas, meus verdadeiros fantasmas, meus medos, meus pequenos mas dentro do meu psiquismo, gigantes medos!

Jéssica Batista
Enviado por Jéssica Batista em 21/04/2016
Reeditado em 25/02/2023
Código do texto: T5611392
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