Votação do Impeachment.

Quando começou a votação do impeachment, um amigo petista disse que não iria assistir para não se irritar. Eu disse, vou assistir esse circo, esse espetáculo deprimente. Não deu outra! Na hora do voto só falavam de esposa, filhos,noras, netos, só faltou falar de gatos e cachorros, num acintoso conservadorismo hipócrita. Os canalhas tinham a cara de pau, de falar em Deus.

Demarquei cinco declaração de voto:

Uma Deputada negra, Tia Eron da Bahia, ao chamar o Bolsa Família de migalhas do Governo Federal. Claro, para ela que ganha um bom salário, deve ser esmola, mas para quem não ganha nada, é uma pequena ajuda. Falou bobagem. Todos sabem que o padrão de boa aparência para bons empregos, os negros estão fora. De vez em quando se vê uma negra de extusiante beleza, em lojas Chic, mas no meio de nove brancas e loiras de olhos azuis. Há racismo no Brasil. Claro, estou falando o óbvio.

Raquel lMuniz. Na hora do voto, falou da mãe, filhos e Ruy Muniz prefeito de Montes Claros MG, de lisura ilibada, preso no outro dia. Culpou a Dilma das mortes na rodovia que passa por Montes Claros. Ela deve ter repetido o sim umas dez vezes. Uma observação; ela e o marido deve ter esquecido de avisar a PF, para adiar a tal operação. Isso é uma prática da direita. O impacto seria menos, sempre apostando na falta de memória do nosso povo.

Jean Wyllys. O quarto momento mais hilário foi o deputado Jean Wyllys, dando uma merecida cusparada na cara do troglodita Jair Bolsonaro. Bolsonaro homenageou Carlos Alberto Brilhante Ustra, torturador da Dilma. Wyllys disse que cometeu esse ato deselegante, porque fora chamado de viado. A corda deve rebentar para o lado mais fraco no Conselho de ética da Câmara.

Tiririca. Os mesmo que queriam impedir a posse dele no primeiro mandato, alegando analfabetismo, eram os quem o abraçavam e sorriam, verdadeiros sorrisos de hienas. Se não eram as mesmas pessoas, era da linha de pensamento preconceituoso. O circo ali armado, o artista que transforma no palhaço Tiririca, literalmente propiciou para tal espetáculo. Serviu para abrandar minha revolta ao ver um bandido conduzindo o impeachment de uma Presidenta da República, que não cometeu crime de responsabilidade.

Sérgio Reis. Deputado Federal e cantor. Confesso que nunca ouvi falar dele como Deputado. Será que é um deputado decorativo? Que só confere o salário caído na conta? Será que já fez algum show beneficente? Será que criou alguma lei que ajudou os menos favorecidos? Na declaração de voto, deve ter recebido o texto de algum canalha corrupto, para vomitar no microfone do Sim. Joguei os CDs dele fora. Havia um cantor de nome Hélio Reis, imitando o Sérgio Reis, de repente, Hélio Rios!... Será que proibiu o moço usar o Reis? Tirou o Reis, agora quer tirar a Dilma.

Lair Estanislau Alves.