A traição política
A abóbada celeste cerrou os céus do Brasil. Na iminência de gananciosos políticos, fecharam a tragédia
que acossava o drama cotidiano dos transeuntes.
Dos impostos mais caros. Da gasolina áspera e rude tomada como bebida alcóolica no domingo. Esse entorpecente gesto moribundo de "impeachment" só sustenta
e reafirma o que toda a população debate. Que os "nobres" cossacos disfarçados de parlamentares tem mães, titias, filhos e "Família" sobre os ombros da Nação.
Questiona-se enfim o conceito de Nação: região geográfica delimitada por um povo, uma cultura, uma língua e uma talvez esperança democrática. Os impostos pesados
do Euro também abatem a Nação inglesa. O principal parlamentar desta talvez é o maior acionista do Panama´s Cassino. Uma intricada rede indicada na Suiça abastece
essa Ópera Internacional Pirata. Os maiores Jornais tendenciosos incitam no Povo a esperança democrática como se fosse uma finalidade em si mesma, como algo acabado.
Será mesmo o poder emanado do povo ? O regime democrático oscila entre as tendências liberais e as tendências sociais, porém o cerne do Coliseu não se modifica.
As políticas circenses prosseguirão. O pão não precisa ser de trigo, porque pode ser feito com milho. A gasolina pode ter mais etanol na sua composição.
O sorvete será sem whisky de Baillyes, porque será substituído por umbu ou cajá. Os jogos podem ser de cartas e tabuleiro, não somente os virtuais e online.
Mas o cerne mesmo da questão são os impostos. Os impostos que alimentam a citada ópera continuarão a serem galopantes, exorbitantes, acachapantes, vergonhosos
como o impeachment orquestrado pelo mordomo da família Adams (falo do desenho, não de uma possível família). Para que não seja mal interpretado, não que o Governo atual
não mereça tal rasteira constitucional. Muito pelo contrário, merece todos os desdobramentos e apurações das Operações judiciais em curso. Não se trata de eximir os culpados.
Porém, deve-se analisar a conjuntura: não é o fim que argumenta a favor da democracria, mas o processo. Como se realizam as alianças partidárias ?
Como se decidem políticas sobre saúde, educação e segurança ? Como se travam batalhas hodiernas de posturas indecentes no campo do micropoder, nas pequenas instituições como igrejas, sindicatos,
ambientes organizacionais e etc....Como se reza tanto para a Santa Moeda ? Como se vê o mundo a partir de si mesmo, e contra todos? Talvez precisemos mais de líderes escolásticos. Muitos ocupam
hoje o alto escalão político pela suposta postura dos valores universais. Nada, mais justo do que verificada a traição moral, esses mesmos usurpadores da confiança do povo, saiam pela porta dos fundos,
cabisbaixos, envergonhados e surrados pela opinião pública, superior a representantes fantasmagóricos, fidalgos, filhos da puta e carnavalescos.