UM LIVRO* E VÁRIAS HISTÓRIAS... 15h32min.

Ontem o almoço de domingo foi gentilmente ofertada por uma das filhas; na realidade cada um trás alguma coisa, e no final tudo acaba dando certo. Voltamos, descansamos um pouco, pois quem já passou dos setenta “merece”...

Ligamos a TV logo iria começar a votação; é evidente, que há um sentimento generalizado, - mesmo para aqueles que não aprovam o “impedimento” da atual presidente. - é preciso mudar os “rumos” da política econômica, bem como os que exerçam um cargo político não estejam sobre suspeita de corrupção, paramos por aqui, o desfecho de ontem é de conhecimento de todos, e que “ganhou” realmente foi à democracia...

As nossas singelas palavras se prendem a título de nossa crônica, estava quase para se findar o final da década de 50, o correio bate em sua residência, ele* atende, lhe é entregue um pequeno pacote. Agradece. Retorno a casa, senta-se, cuidadosamente o abre, dentro um livro* com uma capa muito bem feita, embora suas páginas demonstrasse o desgaste natural pelo uso...

Nas primeiras páginas, havia estas palavras: este livro salvou minha vida! Com sua assinatura. Embaixo com outras rústicas letras: a mim também... Este, porém, além de escrever estas palavras, enviou uma singela carta, narrando: trabalhava como gráfico, fora recém casado, sua esposa foi repentinamente cometida de uma irreversível doença, que a levou em poucos meses a morte...

A vida acabara para ele, não havia mais razão para viver, tomou a decisão de por fim a própria vida. O dia mal amanhecera, iria se jogar no rio Senna, a morte seria o fim de todos os seus sofrimentos... Ao se aproximar do parapeito do rio, vê aquele livro deixado por alguém, talvez pudesse ser útil a quem o encontrasse...

Abre o livro o folheia ao acaso, fica curioso, pelo conteúdo de suas palavras; a morte não existe, a alma é a “essência” divina que transcende quando a vida termina... Desiste da idéia, volta ao seu antigo emprego, pede uma segunda chance, vinha faltando muito, pois acabava bebendo para “esquecer” o seu infortúnio...

O mestre*, ao ler se comove uma furtiva lágrima lhe escorre pela face, tudo veio na hora certa, também estava passando por maus momentos, o que é pior por aqueles que se diziam seus “amigos” e a ingratidão vinda por eles é a que mais “dói”...

Guardou o precioso livro, suas tarefas exigiam monumental trabalho diário, que às vezes se estendiam a muito mais de 10 horas diárias, desprovidos de quaisquer recursos, hoje tão acessíveis...

*Estamos nos referindo ao O Livro dos Espíritos, que hoje, 18 de abril, completa 159 anos de sua primeira edição, (1857)

* Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita. Poucos anos depois 31 de março vêm a desencarnar. 16h35min. Curitiba, 18 de abril de 2016 – Reflexões do Cotidiano –Saul http://mensagensdiversificadas.zip.net

Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 18/04/2016
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