O Brasil do Impeachment
Sobre a votação do processo de impeachment, vimos de tudo: ofereço, dedico, homenageio aos meus isso e aquilo, fé em Deus, Bravatas, desabafos, punho em riste. E até parlamentar que levou o filho para votar por ele. Me recordei de meus longos anos de mesário, a dureza que é, atender ao TRE na proibição de os eleitores levar as crianças para o reservado da votação.
Tudo isso em uma Câmara em que expressivo numero de parlamentares estão atolados até o pescoço no lamaçal de denúncias, inclusive o presidente da casa.
Pois é...
Nossa politica tá feita, como dizem "mais suja que poleiro de pato".
Mas a culpa não são só deles não.
A culpa é minha, sua, do nosso vizinho, do nosso colega de trabalho...
Somos uma nação que embora estamos navegando no século 21, pouco aprendemos sobre ética, cidadania, valores social, respeito à coisa pública e a coletividade.
Pouco aprendemos, porque pouco fomos ensinados. Os nossos melhores mestres e exemplos ao longo da nossa curta história (pouco mais de 500 anos) são raros e parcos, cabendo a nós a sorte de salve-se como puder.
Um dia chegaremos lá.
Um dia saberemos que vale mais respeitar o trânsito que cometer inflação e depois dar um jeitinho para escapar da multa.
Um dia saberemos que vale mais adquirir um filme com respeito e ética do que comprar um DVD na banquinha improvisada debaixo da marquise em uma rua qualquer.
Um dia haveremos de aprender a lutar sem depredar o bem público, para ter garantidos os nossos direitos com saúde, educação, segurança e tantos outros.
Um dia haveremos de aprender a votar em um candidato tão sério que recuse um quinhão financeiro para a sua campanha, mas que contenha embutido uma promessa em emprego, caso for eleito.
Um dia, quem sabe...