Os juristas em compotas

Dizem que ainda jovem, Assis Chateaubriand (Chatô), foi fazer um teste num jornal. O chefe de redação mandou que ele fizesse um texto sobre Jesus Cristo. Ele pegou papel e lápis e perguntou ao chefe, como se fosse a coisa mais natural do mundo: - Atacando ou defendendo? Não foi nem preciso fazer a composição. Foi aprovado na hora.

É desse episódio que me lembro quando vejo alguns juristas em compotas elaborando "arrazoados" para justificar o impeachment contra Dilma. Se fossem contratados para dizer o contrário fariam o mesmo, um arrozado de cretinices. Depende de quem está pagando. São paus para toda obra, até para ferir a lei flagrantemente. Digo isso porque até os postes de energia e as placas de Coca-Cola sabem que para haver impeachment é preciso haver crime de responsabilidade, e a presidenta, apesar de estar fazendo um governo ruim, nao cometeu esse crime.

Mas o pior é que esses juristas em compotas estão respaldando a vingança de um suiopercorrupto até à medula, o "caranguejo" Eduardo Cunha, incurso numa porrada de crimes. E também estão fazendo o jogo de Temer, Jucá, Moreira, Padilha... Vejam bem, todo esse pessoal até ontem era uinha e carne com o governo, o Temer chegou a assumir a articvulação política de Dilma, nomeou vários ministros e está citado pela Lava Jato. Não vou falçar em Jucá e figuras menores mas que amanhã poderão estar dando as cartas e jogando de mão, indeopendente de seu prontuário assombroso. Detalhe: Temer se afastando quem assume a presidência é Eduardo Cunha.

Outra aberração é a justiça estar acompanhando toda essa ramóia imoral calada. Acho que está sendo conivente. Se forem tomar providências quando for tarde demais será um absurdo. Dizia Rui Barbosa: "A justilça atrasada não é justiça, senão injustioça qualificada e manifesta".

Mas o que me dói mais é saber que há outros intresses vis por detrás desses traíras como os da Chevron que quer o pre-sal. Há o dedop também dos interesses econômicos internacionais. E quem faz a ponte são políticos ligados ao golpe.

Outra tristeza é ver pessoas honestas e com conhecimento da trama sinistra caladas, cofvardes, omissas. Lembro o desabafo de Martin Luther King: "Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos".

Não estou defendendo o governo Dilma e nem o PT. Sou vítima dos erros do governo e nunca fui petista. Estou defendendo a democracia e o primado das leis, mesmo sendo um pobre velho semlenço e sem documento. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 14/04/2016
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