PREDESTINADOS
Certamente essa não é uma turma qualquer. Tantas pessoas juntas em um único rumo, mesmo objetivo.
Muitos, mal saídos das barras da saia das mães, sentiram a realidade de estar longe da família e entre outros rapazes que nunca viram na vida. Agora cumprindo uma rotina diferente que nos moldaria de forma gradativa, transferindo nossas condutas da vida civil para a vida militar.
Aquele início de tarde foi diferente dos demais. Nós não percebemos porque nos foi permitido nos reunirmos em um só grupo. Estávamos iniciando uma nova fase em nossas vidas. O destino de todos estava traçado. Não éramos seres humanos normais e sim anjos que haviam vindo a este planeta com missões especiais.
O dia ensolarado e o sol a nos queimar a pele enquanto formados escutávamos as palavras iniciais que marcariam para sempre nossas vidas. Em formatura não podíamos nos mexer, mas de quando em vez olhávamos para o companheiro do lado que mal conhecíamos e que o tempo se encarregaria de nos tornar irmãos.
Nas árvores pássaros cantavam como se a nos saudar enquanto uma brisa suave vinda da Leste-Oeste nos acariciava ao mesmo tempo em que pensávamos nos nossos lares. Da frente da formatura o Suboficial Dario esbravejava: “Não mexe em formatura!” Mal respirávamos e sequer ousávamos em mexer um músculo.
O tempo passou e o convívio inevitavelmente criou vínculos que com o passar dos anos solidificaram-se a ponto de nos considerarmos irmãos. Como filhos de uma única mãe assim é que sobrepujamos as adversidades do tempo e hoje o que nos une é uma amizade fraterna capaz de nos fazer, homens de fibra que somos nos entregarmos a emoção e sentir sentimentos recíprocos que o tempo não há de apagar.
Tanto tempo! Alguns irmãos nos deixaram. Cumpriram suas missões e partiram para o descanso eterno. Os que ficaram mantém firme o timão do destino até que a nossa nau demande ao porto derradeiro, quando o último de nós passará a espia ao cabeço no cais e o timão permanecerá indolente enquanto ao balanço calmo das pequenas vagas a nau da Turma Lima permanecerá para sempre no cais ao som do ranger das espias retesadas.
Este texto está protegido por lei.
Reservados os direitos autorais.
Proibida a cópia ou a reprodução
sem prévia autorização.
www.ramos.prosaeverso.net
Certamente essa não é uma turma qualquer. Tantas pessoas juntas em um único rumo, mesmo objetivo.
Muitos, mal saídos das barras da saia das mães, sentiram a realidade de estar longe da família e entre outros rapazes que nunca viram na vida. Agora cumprindo uma rotina diferente que nos moldaria de forma gradativa, transferindo nossas condutas da vida civil para a vida militar.
Aquele início de tarde foi diferente dos demais. Nós não percebemos porque nos foi permitido nos reunirmos em um só grupo. Estávamos iniciando uma nova fase em nossas vidas. O destino de todos estava traçado. Não éramos seres humanos normais e sim anjos que haviam vindo a este planeta com missões especiais.
O dia ensolarado e o sol a nos queimar a pele enquanto formados escutávamos as palavras iniciais que marcariam para sempre nossas vidas. Em formatura não podíamos nos mexer, mas de quando em vez olhávamos para o companheiro do lado que mal conhecíamos e que o tempo se encarregaria de nos tornar irmãos.
Nas árvores pássaros cantavam como se a nos saudar enquanto uma brisa suave vinda da Leste-Oeste nos acariciava ao mesmo tempo em que pensávamos nos nossos lares. Da frente da formatura o Suboficial Dario esbravejava: “Não mexe em formatura!” Mal respirávamos e sequer ousávamos em mexer um músculo.
O tempo passou e o convívio inevitavelmente criou vínculos que com o passar dos anos solidificaram-se a ponto de nos considerarmos irmãos. Como filhos de uma única mãe assim é que sobrepujamos as adversidades do tempo e hoje o que nos une é uma amizade fraterna capaz de nos fazer, homens de fibra que somos nos entregarmos a emoção e sentir sentimentos recíprocos que o tempo não há de apagar.
Tanto tempo! Alguns irmãos nos deixaram. Cumpriram suas missões e partiram para o descanso eterno. Os que ficaram mantém firme o timão do destino até que a nossa nau demande ao porto derradeiro, quando o último de nós passará a espia ao cabeço no cais e o timão permanecerá indolente enquanto ao balanço calmo das pequenas vagas a nau da Turma Lima permanecerá para sempre no cais ao som do ranger das espias retesadas.
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