A ESCOLHA DE MALUF

A opção de Paulo Maluf pelo impeachment é razoável e coerente com o pensamento da direita e da 'elite'. Na teoria todos são corruptos, ou potencialmente corruptos. A prática é uma questão de oportunidade.

O uso da psicologia associada a neurolinguística é o meio pelo qual, inconscientemente, o homem comum é dominado e passa a se comportar de acordo com um modelo externo, fora de seu contexto.

Quando a direita e a elite querem derrubar um projeto de governo que não atenda seus interesses, que seja um impedimento para a continuidade de seus 'negócios, então eles usam o homem comum, aquele que está sob a hipnose social.

O primeiro e infalível passo é associar ao objeto de suas armas, a pecha de corrupto, porque sabe que ninguém aceita a corrupção, exatamente por serem todos, hipoteticamente, corruptos.

O homem tende a combater, publicamente, aquilo que pratica, mas reconhece que não é correto. É uma forma de transferir e absolver os seus erros e, de alguma forma, mostrar que todo mundo é igual.

A comissão do impeachment é uma reunião de notórios corruptos formada para julgar atos de corrupção, é uma incoerência patriótica, uma festa de 'bacanas', mas que deixa o homem comum aliviado da culpa de também ser corrupto.

Ricardo Mezavila.

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 11/04/2016
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