PADRE ANTÔNIO VIEIRA: O JESUÍTA MISSIONÁRIO... 7h49min.

Confessamos aos nossos prezados leitores (as), que muito pouco conhecíamos sobre o Padre Jesuíta Antônio Vieira. Na sexta feira à tarde visitando o amigo Chain, que além de administrar a tradicional livraria, também edita livros. E este que gentilmente nos ofertado, foi editado pelo mesmo...

O livro é bem impresso, não é volumoso, pois tem tão somente 32 páginas. A capa tem a figura de destaque de Santo Antônio; pregando aos peixes...

Na realidade, é um dos sermões do padre Antônio Vieira, neste caso, foi proferido em São Luiz do Maranhão, em 13 de junho 1654, o Sermão de Santo Antônio aos Peixes; “fazendo uso de seu estilo inconfundível, o padre explorou a alegoria dos peixes para apontar virtudes e defeitos das pessoas – como obediência e soberba – assim como criticar a exploração humana vigente no Brasil Colônia”.

Começa assim: “Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção, mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, (isto em 1654...) havendo tantos nela que têm o oficio de sal, qual será, a causa desta corrupção? “...

Pelas palavras iniciais do padre Vieira, a corrupção não é coisa “nova”, já havia no tempo do Brasil Colônia. Logo em seguida ele faz menção; “Pregava Santo Antônio em Itália na cidade de Armino, contra os hereges, que nela eram muitos; e como erros de entendimento são dificultosos de arrancar, não só não fazia fruto santo, mas chegou o povo a se levantar contra ele e faltou pouco para que lhe não tirassem a vida. Que faria neste caso o ânimo generoso do grande Antônio? Sacuderia o pó dos sapatos, como o Cristo aconselha em outro lugar? Mas Antônio com os pés descalços não podia fazer esta protestação; e uns pés a que se não pegou nada de terra não tinham o que sacudiria. Que faria logo? Retirar-se-ia? Calar-se-ia? Dissimularia? Daria tempo ao tempo?”... “Mudou tão somente de pupilo e auditório”...

Foi à praia e começo a fazer a pregação aos peixes, já que os homens se negava a ouvi-lo. ...“Começaram a ferver as ondas, começam a concorrer os peixes, os grandes, os maiores, os pequenos, e postos todos por sua ordem com a cabeça fora da água, Antônio pregava e eles ouviam”...

“Padre Antônio Vieira, viveu no século XVII, nasceu em Lisboa, em 1608, veio com sua família para o Brasil com seis anos; ordenado padre em 1634...” Expoente da oratória sacra em Língua Portuguesa, Padre Antônio Vieira, foi um grande defensor da liberdade humana, tendo sido inclusive preso por defender ideais sebastianistas - em 1865, acabou recluso numa prisão do Tribunal do Santo Ofício, em Coimbra, onde foi impedido de pregar.”

Seu acervo é realmente memorável: “mais de mil sermões e três mil cartas. A maioria destes textos trata da questão indígena, da relação dos homens entre si e com a terra que habitavam”. Faleceu em 1697, apesar da idade avançada, com plena lucidez. Já em sua época, era totalmente contra a escravidão; que em nosso país somente foi abolida em 13 de maio de 1888... 9h02 min. Curitiba, 11 de abril de 2016 – Reflexões do Cotidiano – Saul http://mensagensdiversificadas.zip.net

Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 11/04/2016
Reeditado em 11/04/2016
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