A DESAGRADÁVEL DESCOBERTA DE QUE A MULHER NÃO ESTÁ LIVRE
Crônica de Gustavo do Carmo
Já escrevi uma crônica sobre as minhas frustrações românticas. Agora explico porque me sinto tão frustrado. Além de jogar um balde de água fria nas minhas fantasias sentimentais, descobrir que uma mulher tem namorado, noivo ou já é casada é muito desagradável porque não conheço um jeito mais honesto de tirá-la do outro homem.
Em qualquer situação, não quero roubar mulher de ninguém. Não sou ladrão. Ao mesmo tempo, não desejo criar intrigas entre o casal e, muito menos, a morte do outro. Se o cônjugue da minha mulher desejada for simpático, muito gente boa e até mesmo um amigo nasce a culpa e pode morrer a amizade. Já se for um babaca e antipático você pode ser agredido fisicamente ou até mesmo morto.
E quando a mulher engravida a coisa piora. Já tem alguém mais importante do que eu e o outro na vida dela. Confesso que odeio crianças pequenas. Mesmo se eu gostasse ou se o filho dela gostasse de mim teria que concorrer com o pai da criança e com os palpites de direito da família do outro (até já escrevi um conto sobre isso).
E já respondendo àqueles que vão me questionar porque eu não procuro uma mulher livre: estou ficando sem opções que se encaixam no meu padrão de beleza, que estejam na faixa dos 30 aos 40 anos e que não tenham filhos e muito menos cônjugues. Se alguém conhecer uma mulher com todas estas características me apresente. E antes que me perguntem por que não invisto nas mais novas, na faixa dos 18 aos 25, eu respondo: com a idade que estou me sinto um pedófilo que eu não sou.
Já as outras, como já disse, têm namorados, noivos ou são casadas e com filhos. É disso que eu estou reclamando. É muito desagradável saber disso. Pra mim é o fim. E já estou ficando velho.