MULHER DE FIBRA
Mulher de Fibra
Casou aos 26 anos com um castelhano viúvo que levou junto seus quatro filhos. Teve mais cinco filhos. Ficou viúva aos trinta e seis anos. Era analfabeta. Apesar de ficar com uma situação bem definida com gado e terras, perdeu quase tudo. Não por ser analfabeta. Mas porque os "amigos" encarregaram-se de levar aos poucos "emprestado" tudo que era dela. Sobraram as terras, coisa que ela não "emprestou". Criou os filhos sozinha e sozinha os sustentava. Tinha profissão. Uma não, várias! Era ela quem cortava o cabelo do pessoal do pequeno povoado onde morava. Era ela quem fazia salgadinhos e bolos para as festas. E não era qualquer bolo. Lindos bolos artísticos. Também era ela quem cortava e costurava as bombachas, ponchos e demais roupas para os moradores do lugar. Cuidava da casa, dos filhos, da horta e de um lindo jardim em frente à casa. E por gosto ainda fazia lindos trabalhos em crochê, que aprendia só num rápido olhar!
Ela era caprichosa, cheirosa e sempre que saía usava um lindo lenço no pescoço preso por um broche igualmente lindo. Usava no rosto um pó de arroz com um cheirinho gostoso e inesquecível. Era vaidosa!
Ela ensinou a todos os netos a rezar. Ela me ensinou a gostar de ler. Ela não sabia ler, mas sabia todas as histórias de contos de fadas. E narrava como ninguém! Eu quis aprender a ler por causa dela, adoro ler por causa dela. Sou o que sou por causa dela. Eu a amava demais! Todos que a conheciam a amavam... Ela era grande, era muito maior que estas linhas! Era uma mulher de fibra! Era minha avó IZAURA BEATRIZ DE AZEVEDO CORBO!
Mulher de Fibra
Casou aos 26 anos com um castelhano viúvo que levou junto seus quatro filhos. Teve mais cinco filhos. Ficou viúva aos trinta e seis anos. Era analfabeta. Apesar de ficar com uma situação bem definida com gado e terras, perdeu quase tudo. Não por ser analfabeta. Mas porque os "amigos" encarregaram-se de levar aos poucos "emprestado" tudo que era dela. Sobraram as terras, coisa que ela não "emprestou". Criou os filhos sozinha e sozinha os sustentava. Tinha profissão. Uma não, várias! Era ela quem cortava o cabelo do pessoal do pequeno povoado onde morava. Era ela quem fazia salgadinhos e bolos para as festas. E não era qualquer bolo. Lindos bolos artísticos. Também era ela quem cortava e costurava as bombachas, ponchos e demais roupas para os moradores do lugar. Cuidava da casa, dos filhos, da horta e de um lindo jardim em frente à casa. E por gosto ainda fazia lindos trabalhos em crochê, que aprendia só num rápido olhar!
Ela era caprichosa, cheirosa e sempre que saía usava um lindo lenço no pescoço preso por um broche igualmente lindo. Usava no rosto um pó de arroz com um cheirinho gostoso e inesquecível. Era vaidosa!
Ela ensinou a todos os netos a rezar. Ela me ensinou a gostar de ler. Ela não sabia ler, mas sabia todas as histórias de contos de fadas. E narrava como ninguém! Eu quis aprender a ler por causa dela, adoro ler por causa dela. Sou o que sou por causa dela. Eu a amava demais! Todos que a conheciam a amavam... Ela era grande, era muito maior que estas linhas! Era uma mulher de fibra! Era minha avó IZAURA BEATRIZ DE AZEVEDO CORBO!