COMO ESCREVER FACILITA A CARREIRA
Trabalhava na Caixa Econômica por concurso, é bom que se diga, nos anos 1960/62. Por concurso, também, ingressei em seguida no Banco do Brasil, no final do mesmo ano, em Promissão. Como vereador, professor, colunista de jornal, fui bem recebido pela administração. O subgerente sempre me requisitava para escrever a correspondência do banco. E essa tarefa acompanhou-me pelas agências em que trabalhei.
No banco, no meu tempo, o cargo mais abominado era o de subgerente –cuidava da atividade interna, dos funcionários. Chamavam-no de xerife.
Por isso, nunca me candidatei a esse cargo. Pretendia pular para a gerência, diretamente. É o que fiz, apesar de ter que ir instalar uma nova agência em local distante, lá no Paraná. Mas não fiquei sequer dois anos. Nesse ínterim, aproveitei o cargo para fazer diversos cursos que o BB oferecia, passando semanas viajando para Brasília, Rio, São Paulo, Curitiba.
Nem senti o tempo passar, estava de volta para o estado de São Paulo.
Não foi fácil. À custa de muitos requerimentos fundamentados a respeito da minha intenção em cursar uma faculdade. E isso muito ajudou-me por saber escrever. E devo saber porque já escrevi 10 livros e 2 prefácios, a pedido. E sou membro da Academia Linense de Letras, cargo muito concorrido quando surge uma vaga.