Hoje... de novo !
Eu amanheci esperançoso até que algo me levou ao chão. Como um boxeador, levado às cordas, após um murro violento na ponta do queixo !
O pior não foi o murro mas a sensação que me deixou e não no queixo mas n’alma.
A dor a gente percebe-a melhor à medida que os minutos e as horas passam e a lembrança da “queda” retorna, como que a nos sacudir, novamente. Somos nós mesmos à nos esmurrar, de tanta vergonha, tristeza e decepção por não termos sido capazes de evitar o golpe, o murro, a dor… as cordas !
Ninguém nos julga tão imparcialmente quanto nós mesmos e, nessas horas, somos mais que juízes; somos carrascos de nós mesmos !
Ah… como é pesado esse julgo! A vida, certeira, contundente, fria a nos fazer ter que engolir lágrimas, à nos impor uma derrota inevitável e à nos olhar, com desdém como se a perguntar: “ E agora, vais ficar aí, caído?”
Naquele momento, o da queda; não queremos mesmo levantar – pelo contrário, se possível fosse, queríamos mergulhar, literalmente, no mar de tristeza que nos quase sufoca e jamais pretender retornar. Dar cabo da vida; cessando as lutas contínuas, lacrando os olhos e o coração das muitas mazelas e derrotas, para sempre mas… a vida não é tão fácil assim de ser vencida, tampouco a morte solução !
Retornamos ao ringue, ao tatame e, novamente, enfrentaremos o próximo adversário que, certamente, não haverá se condoer da gente; não… será justamente sobre as cicatrizes das lutas anteriores que o nosso “novo” oponente irá aplicar-nos seus golpes e, portanto, melhor não expor as feridas externas e sublimar as internas pois que o dia está apenas começando!!!!