Vendilhões da Anistia
Desde o governo de Jânio Quadros que os americanos foram dominados por um medo, na verdade, uma paranoia de que o Brasil se transformasse numa nova Cuba, devido às tendências esquerdistas dos governos Jânio Quadros e João Goulart. Hoje já se sabe que John Kennedy manifestara a intenção de invadir o Brasil, caso Jânio Quadros confirmasse as suas tendências pró-comunistas e que, às vésperas do dia 31 de março de 1964, um porta-aviões americano foi enviado para a costa brasileira para ajudar os militares brasileiros, em caso de forte resistência ao golpe. Por causa dessa paranoia eles cooptaram os generais brasileiros, a elite social e econômica, alguns setores da igreja, conspiraram, financiaram, treinaram e até armaram os "revolucionários".
O populismo irresponsável de Jango, a demagogia barata de Leonel Brizzola, Miguel Arraes, José Dirceu, José Genoíno, Lula, etc. dourava, para os jovens, a ideologia comunista, que nem mesmo na Rússia haveria de dar certo, que arrasou Cuba e a Venezuela, e que transforma a Coreia do Norte num país com muros de chumbo. Na verdade, eles nunca foram comunistas e sim oportunistas, visando apenas às suas ambições políticas. A prova: quando foi decretada a anistia, Brizzola , Arraes, FHC e Lula voltaram à cena política e foram eleitos, respectivamente, governadores do Rio, Pernambuco e presidentes, sendo que Lula foi presidente do Brasil por duas vezes, fez a sua sucessora, e quer voltar em 2018. José Dirceu e José Genoíno se elegeram deputados e tanto "amavam o povo" que tomaram o seu dinheiro e, por isso, foram presos, ambos condenados no processo do Mensalão. Perguntem para Dilma e Lula (ambos "subversivos" do regime militar) por que nada fizeram e nada fazem para processar e condenar os tenentes e capitães que torturaram e mataram pessoas inocentes, e que hoje são coronéis e generais reformados?
Finalmente, os nossos jovens, submetidos à lavagem ideológica dessas pessoas, foram as grandes vítimas! Os militares, principalmente os do Exército, assumiram posturas de deuses, mas deuses cruéis: eles decidiam o que a gente podia falar, assistir, ouvir e até cantar! Uma censura burra e uma repressão brutal aos dissidentes do regime perseguiu, torturou e matou milhares de brasileiros, estes sim, as vítimas inocentes!
Na Argentina e no Chile, onde a repressão militar também foi brutal, ainda hoje se condenam torturadores e assassinos fardados. O general Videla, ex-ditador do regime militar argentino, foi condenado à prisão perpétua. Aqui, ex-torturados e ex-torturadores se dão as mãos, tanto que a Dilma, presa e torturada, jogada numa prisão infecta por três anos, assumiu o governo declarando taxativamente que não haveria "revanchismo". No Brasil, revanchismo significa punir os crimes de quem usou e abusou do poder e da autoridade. Enquanto isso, milhares de famílias nem mesmo sabem onde estão enterrados os corpos dos seus filhos ou maridos, vítimas da crueldade de assassinos fardados!
Essa é a história que vi nascer (em 31 de março de 1964, eu tinha 20 anos e era bancário no Rio de Janeiro) e que vi durar tristes e negros 21 anos. Fui perseguido no Banco do Brasil e no Banco da Amazônia, bancos federais, não por ser comunista, mas por não me calar ante a injustiça e a opressão.
Resumindo...
No dia 31/03/2016, fez 52 anos da Revolução Militar de 1964 que, deflagrada para combater os comunistas, torturou e matou muitos inocentes somente porque ousaram se manifestar contra o regime opressor e cruel. Mais tarde, com a volta das eleições diretas, tomaram o poder de novo todos aqueles que, fantasiados de comunistas, forneceram os "motivos" para os militares decretarem a intervenção armada. Anotem:Leonel Brizzola, Miguel Arraes, FHC, José Dirceu, José Genoíno, Lula e Dilma.
Alguns deles, que, mais tarde, deram provas que eram "oportunistas" e não "comunistas", saquearam tanto os cofres da nação que ensejaram, neste ano de 2016, uma necessária e patriótica reação dos brasileiros politicamente alfabetizados. A isso, eles chamam do Golpe. Seja o que for, na verdade, eles não mereciam a anistia política. Poderiam ser anistiados como cidadãos, tão somente, mas proibidos de chegar perto do dinheiro público, porque os ratos não resistem à tentação do queijo. Contudo, vale acreditar que, embora com 52 anos de atraso, poderemos expurgar esses sanguessugas da nação, até porque, em 1964, quem os repudiava era os canhões da ditadura, mas hoje, é o clamor do povo!