Pena, Rosa
Quem consegue passar sem ler Rosa Pena? Um milhão e trezentas e tantas mil leituras não me desmentem. E o número incontável de obras que ela apresenta em sua página corroboram essa percepção.
A sua crônica de hoje, então, já entre os dez textos mais lidos do placar de leituras semanais do Recanto é de fazer a gente suar frio, e esquentar o topo do pavio.
Pena é que nem tudo é cor-de-rosa na página rosácea. Invariavelmente, os comentários de leitores são suspensos. Será que a autora, do alto de seu pedestal nos ignora, nos esnoba, enquanto - vai ver - se deleita em seus passeios e devaneios mundafora?
Mas não posso deixar de lhe dar alguma razão: da estatura que atingiu junto ao leitorado, que deve ser muito mais abrangente do que o universo recantiano, seu precioso tempo para compor, se expor, e não ter que depor, seria comprometido se tivesse que se deparar com a tsunami (dizem que este vocábulo é feminino, em japonês) de comentários de seus admiradores e detratores. E aí, horror dos horrores, nem teria como gerar esses seus textículos tão sedutores.