FAZENDO POLÍTICA
Jô Formigon, vereador atuante da comunidade Cafundós de Judas, está apavorado com a repercussão dos últimos acontecimentos envolvendo a política partidária nacional e suas principais personagens e não sabe qual caminho seguir em se considerando o rumo “complicado” que estão tomando os fatos novos surgidos.
Numa atitude de desespero e de vontade de apaziguar os ânimos, nestes tempos de crise, ele pede muita calma e paciência a todos os munícipes e também deseja muita sorte e paz ao Brasil e aos brasileiros e brasileiras de boa vontade.
Ele afirma que, em sendo a política partidária o exercício da política através de filiação a um partido político, uma desfiliação ou o sumiço de cena de seus afiliados, por motivos de foro íntimo ou não, essa atitude também é considerada um exercício político.
Provavelmente, esse seja um dos seus dilemas cruciais nesse momento conturbado em que o país está atravessando e para não sair por aí fazendo bobagens, uma atrás da outra, ele se apega aos preceitos legais existentes e procura se proteger do jeito que pode, dizendo:
– A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, Inciso I, reza que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” e que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”.
Um pouco mais preocupado com as pressões impostas pela mídia e pelos colegas de partido, ele também faz referência ao inciso II do artigo 5.º da CF, informando que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
Mais tarde, um pouco mais ressabiado com os comentários maldosos que vêm de todos os lados, ele procura justificar que em todos os momentos de nosso dia a dia praticamos algum tipo de política, mas em se tratando da política partidária, para que esse ato seja considerado válido, precisamos estar filiado a um partido político.
Em tom de caçoada e sem levar muito a sério a repercussão dos clamores públicos vigentes, ele diz que ser um político de sucesso não é um bicho de sete cabeças: basta estar filiado a um partido, ter um discurso afinado com as ideias do povo que dá apoio ao seu partido, ser escolhido através do voto numa eleição, participar de conchavos, doações e recebimento de propinas, quando necessário, e viver o dia a dia atrelado a algo parecido com o hábito do “toma lá, da cá”.
Cá pra nós, conheço o cidadão Jô Formigon há já muito tempo, mas desconhecia esse seu lado “prático” quando o assunto é fazer política.
Será que os demais políticos existentes nas demais unidades da federação compactuam e/ou concordam em gênero e número com esse seu lado “prático” de fazer política?