O Plano "C" do PT
“É um erro popular muito comum acreditar que aqueles que fazem mais barulho a lamentarem-se a favor do público, sejam os mais preocupados com o seu bem estar. Edmund Burke
A gritaria e a realidade não muito têm comum. Os barulhentos atuais são os petistas e defensores. Com identidade assumida, camuflados de verde, como Marina Silva, disfarçados de democrata-trabalhistas, como Ciro gomes, ultra canhotos, PSTU, PCdoB PSOL, etc.
Todos esses atualmente são “defensores da democracia” nome palatável que dão às conveniências particulares.
A longo de sua trajetória o PT exibiu verdadeiro pavor da realidade. Quando ainda eram oposição, seu viés totalitário assustava a maior parte dos eleitores, o espertalhão Duda Mendonça, desamou espíritos criando o “Lulinha paz e amor”.
O Fantasma assustador, o Jason de sexta-feira 13 converteu-se num inofensivo Gasparzinho, a casa mal assombrada virou atração turística.
A nova realidade passou a ser o poder. Porém, mesmo essa precisava certa maquiagem para disfarçar as rugas totalitárias de quem não convive bem com contraditório, oposição. Então, para a plateia usavam os belos cosméticos dos programas sociais, Bolsa Família, Prouni, Pronatec, Fome zero, etc. enquanto por trás das cortinas, urdiam o que, mais tarde ficou conhecido como mensalão, um atentado à democracia em dois tempos. No primeiro usando a influência da máquina para carrear grandes somas ao partido; no segundo, comprando uma “base de apoio” tão expressiva que aprovaram o que quiseram abafando oposição.
Claro que os Deputados e Senadores que se venderam têm seus “méritos” também! Mas, o partido que assomou jurando moralizar a joça, se tornara patrocinador da imoralidade.
O disfarce agradou tanto, que mesmo a coisa vindo a público, bastou o maquiador mor jurar que nada sabia, contar com a cumplicidade omissa do PSDB que não se opôs como deveria, para a coisa arrefecer; lograram novo mandato.
No segundo período houve escândalos como o envolvendo Antônio Palocci, CPI da Petrobrás e dos Correios abafadas, mas, o apelo dos programas sociais, mesmo fictícios como o Fome Zero que ninguém viu, era tal, que a bruxa malvada ainda posava de Branca de Neve.
Assim, durou oito anos a maquiagem da realidade, graças a terem herdado a casa em ordem, que chamavam “herança maldita”; inflação sob controle, Lei de Responsabilidade Fiscal, um cenário internacional extremamente favorável.
Porém, no terceiro mandato as olheiras começaram aparecer mais nítidas na face da República; Nos primeiros dois anos, a “Crise Internacional” A Tsunami externa que para nós seria uma “marolinha” segundo Don Luleone, se encarregou de ser bode expiatório.
Quando os efeitos das opções econômicas desastradas começaram a frutificar, usaram a “contabilidade criativa”, as “Pedaladas fiscais” para nos vender que a areia movediça ainda era terra firme.
Num cenário de total insolvência econômica, chegava nova disputa eleitoral. Como Aécio, o adversário estava relativamente informado, denunciou parte do que vira, maquiar era pouco.
João Santana, o feiticeiro alquimista capaz de transformar bosta em ouro, recebeu vera fortuna, pra ensinar a perverter a realidade. Assim, todas as coisas que sabiam ser medidas necessárias, inevitáveis, Dilma jurou que não tomaria, “nem que a vaca tussa”; antes, acusou que tais medidas impopulares, como aumento de impostos, combustíveis, energia elétrica, seriam parte do programa de Aécio, o retrocesso, o bruxo que traria “fantasmas do passado”.
Há controvérsias se as urnas falaram, ou foi ventriloquismo, mas, os protestos, pedido de auditoria foram abafados pela gritaria que estariam querendo terceiro turno. Assim, reeleita a “presidenta”, os fantasmas que viriam pelo feitiço de Aécio, vieram pelo seu.
Menos de um ano após o início do mandato, escândalos se sucederam como o estouro da Represa de Mariana, de modo que maquiar não dá, é muita lama; perverter também é difícil, a sujeira ganhou o oceano, restou o plano C: Negação da realidade.
O sítio não é do Lula, o Triplex, tampouco. Delcídio agiu por conta, o PT não se responsabiliza; Petrolão é obra de Sergio Moro, da imprensa golpista que pretende entregar a Petrobrás para os Americanos.
Impeachment, mesmo sobejamente caracterizado o crime de responsabilidade, é golpe.
E essa última etapa da negação da realidade é coletiva. Alugam ao preço que podem pagar, gente desocupada e transportam os militantes domesticados para eventos e locais estratégicos, para o mantra coletivo: “Não vai ter golpe”.
Resumindo, tanto quando maquiou, quanto, quando perverteu, e agora, negando à realidade, os fundamentos do PT sempre se firmaram na mentira.
Contudo, justiça há de ser feita, e essa habilidade obstinada de negar a realidade ainda será muito útil a eles, aos que forem “hospedados” na Papuda, digo. Diverso dos outros presos sem a mesma habilidade, se organizarão e proclamarão: “Isso é um resort, isso é um resort”! Se a realidade os quiser obedecer, por mim, tudo bem.