Olho na Presidenta IV
Verdades & Mentiras de Jesus
Sofre, como todo mundo sofre!
Cabe-nos estar organizados para viver bem
Aproveitando a vida como pudermos
Para melhorar a nossa performance.
Bem ou mal, vamos levando a vida
No entanto, sem prejudicar o próximo
Por isso Jesus, por querer o bem da humanidade,
Agiu com verdades e mentiras.
O tempo passa, os poderosos vivem da mentira
(Descaradamente)
Em nome de Jesus, que dizia ser filho de Deus.
Sem saber nada da Mãe Natureza,
Estaria falando a verdade ou a mentira?
-Ah, pobres de nós, religiosos, irreligiosos e ateus!
A poesia acima foi publicada na 1ª edição do livro “Jesus”, p.35. O objetivo desta crônica é mostrar que a V.Exa Dilma Vana Rousseff, a primeira mulher no Brasil, a ser eleita e reeleita presidente da República. Mas, ela deveria ter ficado atenta à trajetória dos políticos, porque como já disse nas crônicas anteriores, suas alianças comprometeram, e muito, o futuro em prol do social.
Com esse hábito de observar os movimentos e o que acontece parece que, aos que me leem, somente eu fiquei de olho na presidenta? Tornei-me então um poeta-repórter a escrever sobre algumas observações.
Se V.Exa. não tem coragem de enfrentar os canalhas do Poder Judiciário e desses politiqueiros (da pior espécie) que vêm prejudicando o povo brasileiro há muito tempo, então releiam, por exemplo, “O que eu sei dos maus governantes do Brasil”, eles que se aproveitam de nossa incultura. Nas minhas observações, questiono: cadê a lei a que se deve obedecer?, ou a justiça é só para alguns, mas é conivente com outros, a exemplo do próprio governo, que deveria dar o exemplo.
A Ouvidoria do Superior Tribunal de Justiça vive com propagandas enganosas aos direitos da cidadania e das pessoas idosas:
“Uma vida de conquistas, realizações e lutas precisa ser reconhecida pela sociedade. É por isso que todo cidadão idoso, com 60 anos ou mais, tem direitos. A Promotoria de Justiça da Pessoa Idosa do Ministério Público atua para garantir que esses direitos sejam respeitados...”
V.Exa presidenta, nas minhas observações , sabe muito bem que atualmente o governador de Pernambuco Paulo Câmara, disse: “A Justiça precisa apurar o processo de impeachment. As conseqüências da divulgação dos grampos telefônicos de conversa entre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula são graves...”. Não tomo partido político, nem tampouco de religião. E por falar em religião resolvi transcrever, em resumo, uma carta escrita pelo senador Públio Lentulus na Judéia ao César romano, Tibério César, imperador de 14 a 37, que se refere a Jesus Cristo, que naquela época nas terras da Palestina, principiava as suas prédicas.
“Soube, ó César, que desejavas ter conhecimento do que passo a dizer-te: há aqui um homem chamado Jesus Cristo, a quem o povo chama profeta e os seus discípulos afirmam ser o filho de Deus, Criador do céu e da terra. Toda a gente acha a conversação dele muito agradável e sedutora (...). Nunca estudou, mas é senhor de todas as ciências. Anda com a cabeça descoberta e quase descalço (...) Muitos judeus o têm por divino e creem nele. Também muitos o acusam a mim, dizendo, ó César, que Ele é contra tua Majestade, porque afirma que reis e vassalos são todos iguais diante de Deus...”.
Em zombaria, os soldados romanos trançaram uma coroa de espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus. Foi humilhado por dizer ser filho de Deus e rei dos judeus. A autoridade de Jesus como um ser social era baseada na confiança que o povo lhe tinha, a classe dominante tinha medo de mexer com ele. Jesus fez com que esse povo, com seus líderes, se organizassem e resolvessem os seus problemas (Vide Mc 15: 6-15 – Mc 6: 33-44). Muitos se colocaram contra e foram a favor do império romano.
V.Exa não se diz rainha filha de Deus! Na verdade a senhora é a presidenta do Brasil, portanto siga em frente com garra e com a verdade. O nosso povo não está preparado para revolucionar. Mas, para mobilizar o povo brasileiro é muito fácil. Tenho certeza absoluta que V.Exa. sabe muito bem disso e outras coisas mais...
Como exemplo, quem ler sabe muito bem que Jesus morreu por dois motivos:
1 – Religioso: Foi acusado de blasfêmia porque, sendo homem, se fez igual a Deus, e assim tirava dos Sacerdotes a última palavra sobre a Religião;
2 – Político: Jesus caiu numa armadilha. O sinédrio queria acabar com ele, porque se sentia ameaçado em sua autoridade. Por outro lado, os zelotes queriam uma mudança política imediata. Apesar de não concordar com os zelotes, o sinédrio conseguiu jogar o povo contra Jesus na hora da Paixão. Pode ser que, por isso, Barrabás (o zelote, preso por sua ação terrorista) pareceu aos olhos do povo ter mais condições que Jesus para encabeçar uma libertação nacionalista (Vide Mc 15: 6-15. Idem, Sobre cristologia, p.).
Termino esta crônica com a primeira estrofe do poema de minha autoria:
Validade vencida (1)
“Onde há verdade
A mentira se afunda
A verdade fica à tona”
(1) Extraído do livro Fiteiro Cultural, p.117.