História e farsa

Há uma frase, se não me engano de Marx, que diz: "A história se repete, a primeira vez como tragédia ea segunda como farsa". Apicando-a às crises políticas do Brasil podemos admitir que em 54 ela ocorreu como uma tragédia do que houve no Estado Novo de 37. E em 64 uma farsa da anterior.Digo tragédia porque Getúlio quando se sentiu cercado e acuado pela reação liquidou o golpe cometendo suicídio.E farsa por o golpe militar foi patrocinado pelas elites reacionárias, orquestrado pela m[dia fascista e com o apoio dos políticos direitistas. à frente as movimentações e passetas de cunho religioso da classe média e dos ricos.

E hoje? Acho que uma mistura de tragédia e de farsa. Mas o figurino é o mesmo das vezes anteriores. Vou apenas dar um exempo do que fez a reação com Getílio, mesmo antes de 54, antes das eleições, em 50. Dizia Lacerda, o porta-voz do golpismo: "O senhor Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à Presidência. Candidato não deve ser eleito. Eleito, nao deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar". Hoje repete-se com Dilma a receita de Lacerda (era chamado de "O Corvo"), impediram a presidenta até de governar, promovem diturnamente seu lichamento, inclusive com as técnicas de 64 das movimentações da classe média e dos ricos aliados aos políticos covardes e golpistas.

Há diferença entre ontem e hoje ´porque os militares estão ausentes do processo de golpe, substituídos por uma parte de juristas que envergonham a toga. Além disso,diferente de ontem, há setores populares organizados que podem resistir. Não vai ser tão fácil perpetrar o golpe. O mundo está tomando conhecimento que quem está presidindo o processo de impechment é um réu em processo de corrupção. E o mundo sabe que a presidenta é honesta. Alguém já viu no estrangeiro alguma referência contra a honradez de Dilma?

Seria bo entender que a mistura da tragédia com a farsa é altamewnte explosiva. Melhor seria um acordo nacional. Juízo. Inté.