O PLANO PERFEITO

O plano era perfeito! Primeiro chegar ao poder, depois se manter no poder. Dinheiro para financiar e comprar votos.

Para chegar ao poder, depois de ter perdido várias eleições, Lula virou Lula ternurinha. Fez as pazes com todo mundo, posou de bonzinho, Paz e Amor, fechou acordos com Sarney, Collor, o PMDB, o PL, scambau e até tirou fotografias com Maluf. Alguns “cumpanhêros” já tinham experiência administrativa, diga-se más experiências, vide o ex-prefeito de São José do Rio Preto, Antônio Palocci e outros.

Chegando ao poder a primeira vez, em janeiro de 2002, surfou na onda do Real, da inflação baixa, das contas em dia, do Brasil em alta, dos produtos de nossa exportação com os preços lá em cima.

O petróleo em alta, a descoberta do pré-sal, com as condições econômicas sob controle, havia assim a fonte do financiamento econômico em abundância. Acabaram matando a galinha dos ovos de ouro: a PETROBRÁS!

Para se manter no poder, teria que haver o voto popular e democrático. Solução fácil, a Dona Ruth, bem intencionada, já havia dado o start. Tunaram, como diriam meus guris, o auxilio família, etc. Criaram a bolsa família, e assim, comprar votos ficou fácil. Quem é capaz de terminar uma coisa dessas? Em várias e sucessivas campanhas eleitorais usaram essa ameaça, a qualquer tempo repetiam a falsa cantilena: - Esses liberais vão acabar com a bolsa família, bolsa leite, bolsa gás, etc, etc. E funcionou durante pelo menos três reeleições. Na quarta eleição, em 2014, as mentiras foram deslavadas. Mesmo assim houve reeleição. No sul e sudeste o PT perdeu. Ganhou, no Rio de Janeiro, Minas Gerais, no Norte e Nordeste.

O poder, a ganância, a soberba, ficou tão grande, que era hora de se vingar dos antigos “torturadores”. Criou-se a Comissão da Verdade, que não podia averiguar a qualquer pretexto pessoas que na época da ditadura, não tivessem sido funcionários oficiais, ou seja do governo. Historicamente injustificável, visto que só um lado era resgatado ou outro era como se não existisse, ou pior: como se fosse um poço de bondade, uma santidade. Juridicamente injustificável, visto que a Lei da Anistia, foi um acordo costurado por todos sugerido pela OAB.

Começou dar errado pela ganância do José Dirceu e seu envolvimento no mensalão. Obrigado Roberto Jeferson, você fez a primeira denúncia e por uma série de razões foste condenado.

Hoje se vê, que toda estrutura do governo, partidos, etc, está contaminada e corrupta. A justiça, os instrumentos da justiça melhoraram nesses últimos anos.

Em primeiro lugar o Ministério Público, totalmente independente a partir da constituição de 1988.

Em 2012 veio a lei da lavagem do dinheiro, que complicou a vida de corruptos e corruptores.

Em 2013 para 2014 a Lei da Delação Premiada, essa que está fazendo com que o juiz Sérgio Moro consiga ver como funciona todo esquema.

Over Game, Lula. Perdeste o Jogo!

Não existe plano perfeito.

O jogo acabou Dilma. Pega o chapéu e saia de fininho.

Porto Alegre, 25 de março de 2016.

JORGE LUIZ BLEDOW

JORGE BLEDOW
Enviado por JORGE BLEDOW em 25/03/2016
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