O ALÇAPÃO
Ouvindo debates sobre a profunda crise econômica e política que o país atravessa, toda hora ouve-se a expressão: “fundo do poço”!
A grande aposta é saber se já chegamos ao fundo do poço, agora inclusive, tem uma expressão complementar: no fundo do poço tem um alçapão!
A origem da crise é política, sendo esta a principal variável e de difícil solução. O país está dividido, já era antes das eleições de 2014, mas depois da campanha eleitoral e da reeleição de Dilma, as polaridades aumentaram. Calhou de juntar a crise interna, com a crise externa, e piorou muito.
Os governistas chamam os opositores de coxinhas e estes chamam os governistas de PTralhas. O ministro que seria indicado pela oposição, convidado foi pelo governo eleito, e assim, as soluções que ele tentou emplacar foram estraçalhadas pelo próprio partido do governo e de coalizão no congresso.
Trocou-se o ministro, o discurso, mas solução não vem. As iniciativas do governo são tímidas, que insiste em CPMF, imposto do qual ninguém quer nem ouvir falar, nem empresários, nem a oposição, nem trabalhadores, nem sindicatos, nem a classe média e muito menos o partido do governo.
Talvez, e eu não sei, mas desconfio, a CPMF interessa aos bancos, particulares e estatais, vistos que estes, apesar da crise econômica cada vez tem lucros maiores. Ora, CPMF é descontado por dentro do sistema, e dinheiro circulando, essa a matéria prima, gera dividendos ao sistema financeiro.
A oposição tenta pequenas saídas como a nova Lei que desobriga a Petrobrás investir pelo menos 30% nos projetos do pré-sal. Mas tem gente contra afirmando que isso é o início da derrubada da exclusividade da Petrobrás, na exploração, importação, refino, etc., etc. Além disso, afirmam que com isso a oposição prepara o caminho para o após futura eleição de 2018.
Eu tenho certeza que a Lei é boa. A Petrobrás está em crise e não tem recursos para investimentos. Como sabemos isso é básico, o setor privado só investe onde fareja lucros, que é o que move o mundo, não tenho dúvidas. Aliás, privatizar, não necessariamente, a Petrobrás, e sim abrir o mercado para criar concorrência, e, assim, aumentar a eficiência em todos os setores da economia. Precisamos melhorar a produtividade, a capacidade de investimentos, a credibilidade, fortalecendo nossa combalida indústria num amplo espectro.
Abram a economia do petróleo, deixem a livre iniciativa prospectar, refinar, distribuir e importar. Tenho certeza de que os empresários encontrarão petróleo, gasolina, óleo e gás, mais barato em algum lugar do mundo. A Petrobrás é mastodôntica. Emperrada. Burocrática, ineficiente e corrupta. Extrema ironia. Em corrupção os governos, qualquer um, são competentíssimos, ainda mais quando se trata da perpetuação no poder.
Quando chegaremos ao fundo do poço?
Lembre-se: - Lá tem um alçapão!
Ou pior, pode ser um al-sapão barbudo!