Quando o problema não está no outro
O que as pessoas não percebem é que muitas vezes elas exigem demais. Principalmente, exigem além e aquém do que o outro pode oferecer. Não percebem o quanto elas próprias são mimadas, caprichosas e egoístas. Não percebem o esforço do outro ou, quando muito, quando se dão conta de tudo o que o outro faz, acham que ele não faz mais do que sua obrigação. Só exigem, exigem, exigem... o tempo todo. E nunca se dão por satisfeitas.
Não percebem as próprias falhas e defeitos, a própria incapacidade de satisfazer as expectativas do outro. Porque, sim, o outro também tem algumas expectativas, desejos e perspectivas sobre nós, que gostaria que fossem diferentes. Mas ele está tão ocupado tentando satisfazer as nossas mil e uma exigências, que não sobra tempo para gastar com as suas próprias. Ele entende que vale o esforço por nós, mas nós nunca entendemos que também devemos nos esforçar. Alias, achamos sempre que fazemos demais e que ganhamos de menos. Sem perceber, que talvez e muito provavelmente o problema esteja única e exclusivamente na gente. E assim continuamos exigindo mais e mais, pois ainda não está ao nosso contento. O que não nos damos conta, ,é de que nunca estará.
Enquanto não mudarmos as nossas perspectivas de vida e de mundo, nunca estará. Enquanto não mudarmos nossa postura, nunca estará. Enquanto não crescermos emocionalmente e amadurecermos enquanto pessoas, nunca estará. Enquanto continuarmos olhando para o nosso próprio umbigo e achando que somos os mais especias e os mais importantes na relação, nunca estará.
Nunca poderemos ser ou estar satisfeitos enquanto não percebermos que ninguém tem o dever de suprir necessidades, que nem nós mesmos somos capazes de satisfazer. Enquanto continuarmos mimados, caprichosos, egoístas e egocêntricos. Mais do que isso, nunca poderemos estar contentes e satisfeitos, enquanto não percebermos que o que nos nutre vem de dentro e o que nos falta, ninguém, além de nós mesmos, poderá ser capaz de suprir.
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