Caraca, veio!, tu tá doido

Penso que já disse em algumas maltraçadas que devido aos remédios que tomo, principalmente para asma, fico com as mãos trêmulas, e que isso me impede de digitar o teclado do computador. Se for digitar tem que ser com muita força e aí quebra o danado. Por isso escrevo meus textos (?) à mão com muita força,a letra fica horrível, às vezes nem eu traduzo os heieróglifos. Quem digita é o meu neto, mas como nãoentende minha letra, o jeito é ditar. Realmente é algo hilario, mas é a realidade.

Esse meu neto, como todo garotão de 16 anos, é avesso às coisas de antigamente e é muito crítico nas apreciações dos meus textos, desce a lenha. Não aceita a minha mania de evocar o passado. E tira a maior onda. Ri muito, e digita ligeiro demais e aí erra paco, sereclamo aí é queele ri. E neto é filho melado de mel, não dá para censurar, ele já me faz um favor danado,tem os estudos, o futebol, as gatas...

Mas a mangaçãomaior que ele fez foiquando achei alguns escritos de quando eu era mais moço, escritos de 30 anos atrás que resolvi dicvulgar como folhetim. Quando começou a digitar o primeiro capítulo do folhetim "Dorita"!, ele não agentou e disse: - Caraca, véio, tu tá doido. É que no colégio dele a professora de literatura dera uma aula falando nos folhetinsde antigamente que eram publicados nos jornais,citou até o "Memórias de um sargento de milícias". Ele me perguntou como eu queria no tempoda internet repetir uma coisa do tempo antigo. Não discuti, realmente parece ser mesmo uma iemnsa bobagem. Mas boteina cabeça que devia tentar e além de Doritta, publiquei também "Três Noites de Paixão", e agora estou como "Tertúlia Literária", este mais raco, reconheço. Sim, foi muito pouca a aceitação, se bem que vários colegas chegaram ate a colocar comentários. Mas só a satisfaçãoque tive valeu a pena. Sou pioneiro na internet do folhetim, Estou bestinha. Juro. E hoje descobri mais dois escritos da juventude que podem virar folhetim. Sou mesmo umvéio doido. Peçodesculpas aos amigos. Devo estar caduco. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 22/03/2016
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