Um poema escrito por uma máquina

“O primeiro 'poeta artificial' português(…)vai entrar numa rede social para gerar com regularidade poemas inspirados nos assuntos ali mais comentados(…)Na prática trata-se de um sistema informático inteligente que se apoia em redes de palavras, relacionadas de acordo com os seus sentidos, e em padrões de versos, obtidos a partir da análise de poesia escrita por humanos, gerando a partir daí poemas em língua portuguesa sobre as mais diversas temáticas”

- Mas qual o valor da escrita cujo autor não sente as palavras, que não sente o que escreve. de um autor que é incapaz de sonhar? Porque a escrita é sobretudo feita disso, a sua essência reside nisso, nos sentidos, da capacidade de sonhar, que permite uma evasão que alimenta esses sentidos?

Essa escrita não vale nada, simplesmente porque as máquinas não sentem, porque as máquinas são incapazes de sonhar, porque se a escrita é feita de sensações, as máquinas nunca saberão escrever, por muito que nos tentem convencer do contrário…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 21/03/2016
Reeditado em 21/03/2016
Código do texto: T5580719
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