Leis Cármicas
Estava revirando alguns CD’s antigos quando me deparei com uma cópia não-autorizada do programa Pinga-Fogo, da extinta TV Tupi, que na ocasião de sua gravação em meados de 1971 recebera em seus estúdios o médium Chico Xavier. Comecei a rever este vídeo, que sempre me convida a refletir sobre as coisas deste Mundo e do Além. Não terminei de assistir, o que não é de praxe, devido a uma inquietação incompreensível e até rotineira. Fui então me afugentar em uma de minhas leituras prediletas, nas obras de Mario Sergio Cortella, quando outra inquietação se apoderou de mim. Percebi que a solução estava em voltar a escrever, e assim o fiz. Catei um dos vários cadernos de rascunho que deixo espalhados pela casa, o maior deles, um “velho” livro de Atas mal usado. Enquanto começo a escrever, minha cabeça e estômago reviram em redemoinhos devido a uma improvisada e de péssima qualidade gastronômica janta. Vou-me afinco mesmo assim e começo a compor as primeiras palavras destinadas ao meu Ego, ou seria ao Ide? Enfim. Alguém irá ler. Saindo de minha órbita umbilical e voltando ao assunto, fico pensando sobre as palavras eternizadas de Chico Xavier, em especial aquelas referidas às Leis Cármicas. Para efeito de tais Leis, não existe o “acaso”. Com isso me dou à certeza de concluir sobre coisas que acontecem em nossas vidas. Todas elas possuem uma razão, uma finalidade maior.
Por exemplo, estar em casa sozinho, numa noite chuvosa de sábado, escrevendo algumas palavras numa expectativa orgulhosa de que alguém as leia. Mas eu poderia estar num círculo de amigos, bebendo, comendo, rindo e fazendo rir. Mas não estou, e isto pode ser a maior das lições: este é o resultado das Leis Cármicas, meu velho! E pode-se incluir aí a possibilidade de não ter sido lembrado por alguns amigos, ou até ter sido lembrado, mas por conveniência preferiram a distância. Todos que passam por nossas vidas tem algo a nos ensinar, seja uma lição agradável ou não. O mesmo serve para eles, onde nós somos os professores. Deixo aqui duas inquietáveis questões: houve aprendizado real nessa escola da vida? Terei que voltar a esta lição quantas vezes mais?