HOJE EU PRECISO E QUERO FALAR
Nada há mais forte que o amor. Muitas formas dele existem e todas são genuínas. Se assim não for, não é amor.
Existe,porém, uma maneira de amar que foge ao normal desse sentimento. Esta é excelsa, tão magnificente, que chega a ser sublime. Falo do amor dos pais por filhos. É tão infinitamente superior, que dificilmente a capacidade humana consegue atingir o cerne de tal grandeza.
Desde muito jovem eu esperei a maternidade, esta possibilidade que Deus, em sua infinita Bondade, inseriu em minha vida. Sim, esperei para ser mãe, desde que entendi essa fantástica capacidade dos seres e percebi que, por mais que se refine a tecnologia, máquina alguma é ou será tão perfeita quanto esta (humana) criada por Deus e que nos permite a geração de um filho.
Tive a concretização do meu sonho por duas vezes. Teria três, caso não perdesse um bebê, por quem chorei, mesmo com apenas dois meses de convivência intrauterina.
Hoje, especialmente, falo do Vítor, meu primogênito. Discorrer sobre ele é muito fácil, pois com a maior facilidade ele transformou a vida do lar em que habitávamos. O nome, Vítor, assim, sem “c” mesmo, eu já havia escolhido desde que decidi que um dia eu seria mãe. Portanto, sempre esperei a chegada do menininho, o meu Vítor.
A escolha do nome, portanto, não se deu por modismo, foi por gostar mesmo e ainda mais gostei, quando um dia, com minha mania de pesquisas, descobri dele o significado: “O vitorioso”. A pesquisa não me enganou. Mocinha ainda, o meu Vítor habitava em minha alma e em meu coração.
Foi-me difícil a maternidade. Eu tinha um problema que a impedia. Marido e eu fomos à luta, tratamentos dificultosos, cirurgias, medicamentos importados, falta de dinheiro para tanto. E Fé, muita! E esperança, estas que nunca abandonei. Preces, também muitas!
Certo dia, mais precisamente, numa noite, Deus enviou um Anjo materializado à nossa casa e ele me disse: “Em pouco tempo, vocês terão uma criança correndo por aqui”. Acreditei. Não tive a menor dúvida, porque minhas preces sempre foram ouvidas.
Dito e feito. Em pouco tempo, o choro do Vítor Bebê ecoou misturado ao meu, no centro cirúrgico. Juntamos nossas lágrimas de felicidades e saudades, sim, havia saudades, depois de tanta espera. O menino correu muito em nossa casa, apaziguou o lar onde havia um vazio deixado por meu pai, que partira para outro plano. A alegria voltou a reinar.
Meu Vítor hoje aniversaria, são 28 anos de amor convivido. Tornou-se homem. De mente e de mãos abençoadas. A pesquisa não me enganou, é um vitorioso. Além disso, um homem honesto e cioso de seus deveres, tanto no lar como na profissão. Sério como convém a quem não brinca em serviço e brincalhão como deveria ser a criança que tanto esperamos e que vaticinou o Anjo, naquela longínqua sala da Rua Alfredo Battini, 605, o nosso lar.
Sou eternamente grata a Deus, por tê-lo encaminhado até nós e grata a você, por ser o Vítor com quem sonhei desde menina.
Filho, Deus o abençoe e o ilumine hoje e em toda sua caminhada, como sempre o fez! Parabéns e Feliz Aniversário!
Sua sempre mãe.
Dalva Molina Mansano
16 de março de 2016
Para Vítor Molina Mansano, meu filho.