O Planeta da Paz Duradoura

O Planeta da Paz Duradoura – Viagem I

As viagens que efetuei ao Planeta da Paz Duradoura foram as mais reveladoras de toda a minha existência.

Trata-se de um mundo cerca de três mil anos à frente do nosso e ainda habitam corpos físicos, embora muito menos densos.

A alimentação é toda vegetariana com elevado consumo de raízes e de grãos. Como a densidade do planeta é muito menor que a do nosso, sendo seus corpos mais sutis, boa parte da necessidade calórica dos habitantes é suprida também pela permanente fonte da energia cósmica que absorvem graças a práticas diárias como a da meditação.

O estilo de vida é todo comunitário e não existe mais o conceito de posse ou de propriedade privada. No entanto, não foi imposto esse estilo, ele foi conquistado graças à evolução moral à qual os habitantes se entregaram.

A civilização possui traços orientais, porém menos acentuados ficando a fisionomia muito similar à chinesa tendo os olhos um tanto mais arredondados. As sobrancelhas são longas e finas e os cabelos, em grande maioria, negros, lisos e brilhantes. Lábios finos e orelhas pequenas.

As vestimentas são magistrais. Ninguém é pobre. Em verdade, tanto o conceito de riqueza quanto de pobreza foram superados pelo da harmonia. Vestem um traje leve, embora com muitos enfeites, tendo cores variadas predominando o azul turquesa, o verde musgo e um violeta escuro. Detalhes prateados ou dourados enfeitam a maioria dos trajes. Lembram vestes de seda sendo que parecem esvoaçar enquanto caminham. Parecem-se mais com um tipo de Kimono japonês.

As cidades são sublimes. Possuem a forma piramidal e são gigantescas. Não pude precisar o material do qual são feitas, mas pareceu-me algo entre um tipo de granito com plástico. O impressionante é que são cidades móveis. Elas ¨levitam¨* graças a uma tecnologia muito avançada e, periodicamente, habitam diversas regiões do planeta, desde desertos até regiões altas, florestas e até sobre as águas.

Com o tempo dissertarei mais sobre os detalhes dessa maravilhosa civilização que visitamos através da projeção da nossa consciência.

Namastê.

(*) Levitar não seria bem a palavra certa, mas dá uma ideia precisa, pois ficam sempre suspensas mesmo quando estacionadas sobre algum local. Ainda esclareceremos sobre os detalhes da tecnologia que permite tal disposição apesar de minhas limitações nos campos da física e da engenharia.