HUMORISTA - CATEGORIA EM EXTINÇÃO

Com toda a razão, a maioria dos motivos de piadas foram se exaurindo, da minha parte sempre detestei piadas com orelhudos, baixinhos, gordinhos e militares, claro, acertavam-me em cheio, mas também não gostava as que acertavam de frente meus amigos e familiares.

Restaram poucos, muito poucos motivos, talvez as de Joãozinho na escola, as de políticos safados e mais uma meia duzia.

O humorista é um ser que deve estar sempre bem informado e deve aproveitar o momento do fato.

Ontem quando li alguma coisa sobre o tal juiz que havia liminarmente desautorizado a posse de Lula, eu pensei que fosse uma piada pois havia lido "en passant", sem prestar a devida atenção.

Quando li o nome do juiz, como sendo Itagiba Catta Preta, pensei que se tratava de uma alusão ao animal gato do sexo feminino, ingratamente consagrado como ladrão e assim tudo estaria gravitando no universo das acusações que pertinem ao Lula. Depois analisando melhor me pareceu que "catta" poderia ser mesmo referência a gata, porém dita por alguém com dificuldades de articulação das palavras com a letra "tê".

Enfim, conheci muitos capas pretas, mas catta preta, só tinha ouvido falar da defensora dos acusados da lava-jato, que afastou-se sob a alegação de estar sendo ameaçada, era a Beatriz Catta Preta.

Dos capas pretas que conheci a maioria eram juízes, assim ditos por utilizarem a tal toga, que não raras vezes metiam medo nos réus e dai na própria caserna havia um aviso, quando alguém andava muito saliente:

- Cuidado com o homem da capa preta!