DIÁRIO [17/03/2016]

 


 
17/03/2016 12h22
O MILÊNIO


 

 
E esse Instituto Millennium? Deve ser algum sinal de fim de milênio, algo antecipando o ano de 2033, os dois mil anos da morte de Cristo. Como aconteceu em 1033, no milênio da morte do Crucificado. Os medievos, que não  sabiam que eram medievais, ficaram doidos, perderam o tino e passaram a pregar o Fim. Mas não é isso não, os sujeitos pregam ser modernos, em "plenos anos 2000". E porque então o nome em latim? Será que se considerm uma igreja? E dizem que o seu símbolo, um "M", remete à letra grega sigma, ou , que é tipo um M deitado, também simbolo do Integralismo, o facismo brasileiro. E já leio gente citando o Miguel Reale, o jurista facista do Integralismo. Votando ao Instituto Millennium, o IMIL, quase um iemeele. Nele o Marcelo Madureira é "especialista" em quê? Deve ser especialista em "piada machista". E o Pedro Bial? Deve ser um especialista em poemas de rimas óbvias. Como de "batata" com "pata, ou de "chão" com "coração". Talvez seja dele o clássico "Batatinha quando nasce", de uma época quando ainda não era o aedo da Rede Globo. Talvez o objetivo do IMIL seja a volta à Idade Média e a obliteração de toda a história ocidental desde então. Para quando ainda não existia CLT, e o que mandava era o costume da corvéia, da chibata, o tronco e até a castração sob controle. Já que as subraças não podem ser extintas, senão quem levaria as cuecas dos milenaristas. Querem uma época quando ainda não vigorava, conforme Weber, o vigor da lei do "grilhão da fome": o trabalho livre! Não é à toa que exames médicos adminissionais atuais mantêm o costume de meter olhos nos dentes dos futuros trabalhadores. É a prática da eutanásia social, o T4 nazista. O IMIL agrega a alta roda que muito se preocupa com o fato da alta do dólar jogar os preços das viagens para Orlando, do vinho Bordeaux e do caviar de beluga e esturjão do Mar Cáspio lá para as pincas. Ressentem-se da queda de seu padrão de vida. Não ficou barato ser elite insensível e cínica: é caro comprar perfume francês para mitigar o catingão emitido pelos pobres.
 

 
Não aguento mais esse negócio de "pátria amada, idolatrada". Idolatria é uma latada! E essa pátria de que falam só existe no hino. Quem insiste nisso parece recusar a "pátria" real.
 

 
Até de madrugada tinha gente se manifestando numa avenida aqui próxima de casa. Pediam para o povo sair de casa desde a hora do Big Brother, gritando "Ei PT, vai tomar no...!" ou cantando "Eu te amo meu Brasil" do Dom e Ravel. Dom e Ravel!!! Dom e Ravel fizeram essa música para mimar e tirar vantagem do governo Médici. Depois disso os manifestantes voltaram para o Alto do Bueno e para o Setor Nova Suiça. Foram para sua Bélgica, eu continuei em minha Índia.
 

 
Agora o Moro não pulou o corguinho... Usou a pinguela, mas escorregou na maionese. E para coroar a sua justicativa para o ato ilegal de divulgar um grampo telefônico também ilegal, ele usuou como prerrogativa um caso envolvendo as instigações norte-americanas sobre o caso Nixon. Aquele que fazia grampos ilegais e caiu por causa disso! Pronto, a legislação estadunidense e suas sentenças agora dão jurisprudência às decisões de juízes brasileiros! O que não está pontificado na legislação brasileira, pode ser preenchido pelo direito costumeiro dos Estados Unidos! O homem ficou doido. O vedetismo subiu-lhe à cabeça.
 


 
Goiânia, 17 de março de 2016.