O descobrimento do Brasil
Quando Cabral, um rapaz perdido que só, resolveu dar uma voltinha com sua lancha, ops!, lancha num pode, sua caravela, sem avisar ninguém, o menino travesso aqui aportou. Deu de cara com caras estranhos, sem roupa, cheios de desenhos pelo corpo. O menino, meio choroso, pediu informação: Hei, hei, hei você de sunguinha, você mora aqui? Sim, moro, aqui sim senhor. O que deseja, perguntou, o da sunguinha todo solicito. Ó, desejar, desejar mesmo nada, é que sai para dar uma voltinha, o tempo virou e eu vim parar aqui. Ah, entendi, respondeu o da suguinha. Então, continuou Cabral: que lugar é esse? Ah, um lugar, bem bacana, bem maneiro, respondeu o da sunguinha. Mas, como assim, não tem nome essa terra? Tem, sim senhor, retrucou o da sunguinha. Mas como chama, insistiu Cabral. Ah, sei, lá: paraíso, amizade, qualquer dessas coisas, respondeu o da sunguinha. Não, não poder ser, tem que ter um nome, Cabral insistia. Ah, tá, então que nome você quer dar, disse o índio sem pensar em debate. Depois de um tempo, Cabral, pensando em como se chamaria essas terras, disse quase num só fôlego: vou chamar de Terrasbrasilistopeirasverdes. Nossa! gritou o da sunguinha, não tem um nome melhor? Não, não tem. Mas por quê esse nome, perguntou o índio. Ah. pensa assim, venho aqui, mato vocês, depois, coloco uns Barões e uma justiça só minha, ou seja, meu caro, terei todos os direitos, inclusive sobre você, sabia? Incrédulo, o índio chama seus guerreiros. Essa luta ainda ocorre, mas Cabral deixou herdeiros, e os índios estão morrendo.