LIBERDADE ÀS VEZES LEVA À MORTE

É frequente para mim e creio, para muitos, ver animais mortos, sobretudo cachorros, ao longo de vias de trânsito rápido e intenso.

No dia a dia, dada a relativa alta velocidade do tráfego e da densa e incessante massa de veículos circulantes, alguns detalhes nos passam desapercebidos. Porém, quando por qualquer motivo transitamos pelas vias a pé ou por outros meios de transporte mais lentos, conseguimos perceber detalhes os quais não nos seriam possíveis alcançar, estando em grande velocidade. Por exemplo: certo domingo, enquanto eu transitava de bicicleta pela MG010, foi-me possível perceber ao longo do percurso, três cachorros mortos por atropelamento. Reparei que dois deles estavam de coleira atada ao pescoço, o que denota que tinham um dono, um “lar”, que os abrigavam. Passou-me então a ideia de que os frágeis animais, talvez pelo natural instinto de liberdade, tenham-se aventurado a um passeio fora dos seus locais de costume, sem que o instante de suas “fugas” tenha sito notado por seus respectivos donos. E essas “escapadas” por tão estonteante, impiedoso e mortal trânsito da MG010, ceifou-lhes a própria vida.

É muito triste testemunhar tantas mortes de animais ao longo das vias e presenciar seus restos mortais dilacerados e espalhados pela pista de rolamento, sem que se possa fazer alguma coisa.

Agora seus donos buscam encontra-los e choram por suas insubstituíveis ausências, sem saber do trágico fim que tiveram.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 16/03/2016
Reeditado em 16/03/2016
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