EFEMERIDADE
EFEMERIDADE
As lindíssimas flores “dama-da-noite” embelezaram e perfumaram, de forma deslumbrante, a varanda do jardim durante toda a noite.
Hoje, após o amanhecer, todas estavam murchas, dependuradas nas compridas folhas das hastes da planta que lhes deu vida.
Mesmo convivendo com a relatividade do tempo, podemos deixar marcas do que temos de belo nas lembranças dos que nos amam, ou nos admiram, como o espetáculo da floração da “dama-da-noite”.
Muitas pessoas não gostam de vê-las sem vida (como ocorre no dia seguinte), retirando-as logo dos galhos onde reinavam lindas e frágeis.
Somos efêmeros como elas...
Nós não sabemos, porém, por quanto tempo podemos demonstrar o que temos de bom no nosso interior e encantar... Só Deus sabe.
Empreguemos o nosso tempo emitindo o reflexo do que somos de belos, mesmo com a nossa fragilidade.
Dalva da Trindade S. Oliveira
(Dalva Trindade)
15.03.2016