MUITA GENTE "FORA DA CASINHA?"
Ou seria uma psicopatologia coletiva!
Ou seria uma psicopatologia coletiva!
Sinto na carne, como todos os brasileiros, o momento difícil em que nosso Brasil está passando. É desgastante, físico e psicologicamente, o esforço que nós brasileiros temos feito para por comida na mesa e honrar os compromissos financeiros. Lembremos, entretanto, que a Alemanha pós primeira guerra mundial foi devastada. Conta-nos a História que, dentre tantos problemas, era preciso um carrinho de dinheiro para comprar alguns pães, tal a altura dos índices de inflação. Eis que surgiu um "Salvador". Seu nome: Adolf Hitler. O currículo desse genocida é dispensável. Mas, a verdade é que ele se comportou da forma cruel, feroz e inconsequente, como sabemos, com o apoio de disparada maioria do povo alemão. Ele começou sua saga assassina atropelando a justiça e as leis.
O Brasil, obviamente não vive caos semelhante, mas, penso que poderá haver caso as pessoas não voltem para "a casinha". Também é óbvio que não estou aqui a defender ou acusar este ou aquele. Sou apenas um livre pensador! Entretanto, arrisco a dizer que o desesperado povo alemão seguiu obcecado Adolf Hitler porque viu nele a esperança de voltar à normalidade seu país, a Alemanha. Mas, infelizmente, em especial para os judeus, a ambição do Ditador era muito mais que a “simples” reconstrução do país.
Sei que o que vou dizer vai desagradar a uns e desagradar a muitos, mas deixo claro, mais uma vez que ninguém é perfeito neste mundo e eu posso estar errado em minhas observações e reflexões. No entanto, quando alguém atropela a Justiça e as Leis, confesso que começo a ficar preocupado. E também aborrecido, ao presenciar que nosso povo, talvez por desespero, diante da crise econômica e política brasileira, apoia as aberrações jurídicas que estão acontecendo. Em especial aos abusos praticados pela Policia Federal. Para começar a PF não está investigando nada. Quem produz prova contra crimes de colarinho branco, azul ou vermelho é a Receita Federal e não a PF. A eficiência da RF assemelha-se ao diabetes que em silêncio e discrição age sobre outros órgãos do corpo, matando-os. Com a diferença que este último serve ao mal e a RF age para o bem. Porém, dentro do mais próximo sigilo e legalidade, possíveis. Como sabem, foi pelo Fisco que caiu o famigerado bandido, Al Capone.
No caso, pois, penso que Sua Excelência, o Juiz Federal Sérgio Moro, anda por demais estressado e está se perdendo em termos jurídicos, obcecado por uma causa, nobre é claro, passar o Brasil a limpo. Mas, a mesma obsessão é que o leva, em meu ponto de vista, a descuidar-se da sua "faixa" legal e faz com que atropele a própria Justiça, da qual faz parte. E, não sou só eu quem pensa assim, também os vários juristas e jurisconsultos isentos, condutores experientes na intrincada estrada judiciária.
A prudência me diz aos ouvidos que seguir quem segue à contramão das Leis por uma espécie de deslumbramento juvenil, seja pelo mais nobre motivo, parece-me ser sintoma de uma psicopatologia coletiva. E, pode (eu disse "pode"), inclusive, causar vergonha e arrependimento mais tarde. Sem comparar a gravidade atual, naturalmente, com o que aconteceu com o hoje próspero e civilizado povo alemão.
Para finalizar esta despretensiosa reflexão permitam-me citar mais uma vez a frase ocasional: “a lei se deslegitima, anula e torna inexistente, não só pela bastardia da origem, senão ainda pelos horrores da aplicação. De nada aproveitam leis, bem se sabe, não existindo quem as ampare contra os abusos”. Quem disse isto não fui eu, foi Rui Barbosa.