CARTA A UM AMIGO. O DIA 33 DE MARÇO.FICÇÃO, REALIDADE.SILÊNCIO.

Tanto teríamos a dizer, mas como sempre exercitamos o silêncio, prudente e responsável, assim cremos, e externamos um centésimo de possível fala.

Iria comentar o “33 de Março” texto do nosso amigo Bernard Gontier em sua página, que deixa certo, sem margem de dúvidas, que vivemos de ficção.

E a ficção pede o silêncio, tanto para penetrarmos mais na realidade invisível a muitos, quanto para avaliar caminhos sem volta. Destino e porto são desconhecidos, os reinos trazem surpresas e os mandos dos dignitários, honrados ou desonrados, são velozes, fatos políticos que são.

Fora os “ascensionados” há uma parcela significativa de prudentes que sabem como surgiu a humanidade e como caminha e caminhou. É assim entre nós. Vivemos a realidade.

A vaidade e o egoísmo não permitem a ascensão definitiva, a pena a expiar pelo homem é longa, só a calma da eternidade traz sua pacificação, e aplaca, aos justos. É como a maldição de não dormir dos culpados.

Tudo vale sob esses dois títulos qualificativos menores referidos, vaidade e egoísmo, que governam a conduta humana em sua absoluta maioria. Fica clara a assertiva quando estamos distantes de parcialidades, paixões e febres do errado que alguns querem como certo.

Mecânicas são adredemente montadas para prevalência da ficção

continuar acima da realidade. São vistas, se vê, dão acesso mesmo que as queiram veladas. Funcionam ou não por lapso de tempo,breve ou alongado.É assim em qualquer rincão. Sempre foi assim, e a história para quem interpreta sua leitura devidamente não deixa qualquer viés de dúvida.

Sob esses princípios, guardar nossas obrigações é o que nos resta, pagar tarifas e cuidar do nosso necessário cotidianamente.

Que importa a ficção se podemos ver com sobras a realidade? Melhor o silêncio. Infelizes os descartados da sorte que não podem ver.

A quem importa o que possamos dizer? A nós mesmos e a poucos, então guardemos para a roda da responsabilidade o que pensamos, sem ver cérebro onde não há, caridade inexistente, bondade de um só, mérito sem correspondência, títulos sem titulação.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 12/03/2016
Reeditado em 14/03/2016
Código do texto: T5571415
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