AMADA LUA...
As noites me chegam, umas após outras, dizendo-me que a felicidade não existe de fato, são apenas momentos. Tive essa certeza, ao sentir a frieza dos lençóis em mim, colando-me na pele morna. Não te sinto lua, na escura imensidão da noite e isso me sangra a alma. Bebo cálices de sangue enquanto aguardo que regresses da onde te encontras. Mas hoje, estás demorando tanto!
Daqui da onde estou, lhe vi muitas vezes, distante e serena, dispersa em outras almas e corpos, que não os meus. Nem me mexi!
Sei-te lua, nas linhas de outros nomes, de outros rostos a iluminar, de outras estórias a inspirar.
Continuo estagnada, imóvel, com as mãos contritas, escrevendo palavras desconexas em papéis rascunho, desenhando-te a forma para mim, esperando-te.
Teu coração lunar, que batia para me alegrar, agora é uma balão vazio, sem espaço para me habitar.
Nada levo comigo, a exceção de tua claridade de lua que ainda sinto. A minha, escureceu-se.
Fico apenas a sonhar-te surgindo entre as planícies, lendo as cartas que lhe escrevi um dia, e que agora queimo sem que tu acordes.
Diz-me lua, apenas num sussurro - Por que matas de saudades, sempre, no passar da noite?
As noites me chegam, umas após outras, dizendo-me que a felicidade não existe de fato, são apenas momentos. Tive essa certeza, ao sentir a frieza dos lençóis em mim, colando-me na pele morna. Não te sinto lua, na escura imensidão da noite e isso me sangra a alma. Bebo cálices de sangue enquanto aguardo que regresses da onde te encontras. Mas hoje, estás demorando tanto!
Daqui da onde estou, lhe vi muitas vezes, distante e serena, dispersa em outras almas e corpos, que não os meus. Nem me mexi!
Sei-te lua, nas linhas de outros nomes, de outros rostos a iluminar, de outras estórias a inspirar.
Continuo estagnada, imóvel, com as mãos contritas, escrevendo palavras desconexas em papéis rascunho, desenhando-te a forma para mim, esperando-te.
Teu coração lunar, que batia para me alegrar, agora é uma balão vazio, sem espaço para me habitar.
Nada levo comigo, a exceção de tua claridade de lua que ainda sinto. A minha, escureceu-se.
Fico apenas a sonhar-te surgindo entre as planícies, lendo as cartas que lhe escrevi um dia, e que agora queimo sem que tu acordes.
Diz-me lua, apenas num sussurro - Por que matas de saudades, sempre, no passar da noite?