Muito me entristece


     Triste ver o destino dessa nação. Esse gigante quase adormecido! Nunca estivemos tão divididos. O povo sofrido se esqueceu que grandes líderes incitam à PAZ, ao diálogo, à lisura moral e à bondade. Mas, não sei por que nos enredamos ouvindo e bajulando líderes patéticos cuja ganância desmedida os cega completamente; com ânsia de poder esbravejam discursos medíocres, insuflam o povo com suas neuroses megalomaníacas. Tantos estão ludibriados, acreditando que uma pessoa poderosa possa mentir desavergonhadamente e ficar de bem com todos, sem pagar pelas consequências.
     Faz mais de cem anos que o Mal. Rondon liderava uma brigada de norte a sul, promovendo a paz, demarcando limites de nossa extensão territorial, negociando terras indígenas e conflitos entre os povos. Desde então, ninguém com tamanha engenhosidade e liderança surgira para envolver obstinadamente todos os cidadãos devido a complexidade de nosso país com seus diversos regionalismos.
     E eis que, legitimamente, no afã de justiça em solo brasileiro, quase exauridos os esforços de igualdade plena para todos os cidadãos, surge no horizonte varonil, outro cidadão, o amado e abnegado juiz Sergio Moro, que ora se vê perseguido e ameaçado por simplesmente ambicionar ordem e justiça neste Brasil. Talvez, herança de seus antepassados italianos, e que nós, também descendentes desses bravos heróis, nos orgulhamos de carregar, o estigma de grandeza em nossos corações.
     É preciso lembrar que, em maio de 1978, os Brigadas Vermelhas na Itália, sequestaram - e depois de 55 dias de cativeiro, mataram cruelmente o grande jurista, professor e primeiro-ministro italiano, Aldo Moro, pelos seus feitos corajosos, por defender a justiça e querer o bem para seu povo. Que esse incidente trágico jamais se repita!
Que a justiça vença no nosso país! Que se coloquem limites nessa ânsia de destruir e saquear os bens dessa nação. É o desejo de todos os cidadãos de bem.

IZABELLA PAVESI