UMA LÁGRIMA DE SAUDADE

Que engraçado essa nossa vida! A gente nasce, e enquanto criança convivemos com uma realidade, vemos tantos rostos que nos tornam familiares, gentes que convivem conosco, ao nosso redor, que nos faz acostumar com essas pessoas. São crianças, jovens e adultos (velhos), e a gente vai crescendo, e os jovens vão envelhecendo, os velhos morrendo e vai surgindo novas pessoas daqui e vindo de fora, e formam novos rostos que vão substituindo aqueles rostos antigos e familiares, que mesmo a gente se acostumando com aquelas faces novas, os antigos ainda nos dar bastantes saudades. A população sempre fica se renovando, todo dia nasce e morre gente, pois o ciclo da vida não para, daqui em breve eu serei findo, e a quem me conheceu eu serei apenas uma recordação, e surgirá outro que preencherá a vaga de amigo por mim deixado. Assim é a vida desde os primórdios, umas pessoas deixam muitas saudades, outras um grande alívio, nos dói muito à perda, mas isto é o natural dessa vida e mesmo sem querer nos acostumarmos, isso sempre ocorrerá, faz parte desse ciclo vital. Uma coisa que ainda consegue amenizar a dor que sentimos é a fotografia, nela está registrada uma imagem, um momento bom que vivemos no passado. E eternizam rostos que não estão mais entre nós, isso nos alivia um pouco a dor da saudade que em nosso peito fica alojado, para mim a foto foi a maior invenção do ser humano pois eterniza uma imagem de um lugar, de uma pessoa, de um momento, para que na posteridade, os mais novos que não viveram esse tempo ou não conheceram a pessoa registrada, possam a partir desse momento conhecer olhando a fotografia. Essa arte foi tudo iniciado pelo retrato fosco, pintado pelo inteligente pintor, até a foto digital que capta nitidamente a imagem da pessoa como se tivesse viva. Um sábio pensador assim falou: “Tudo passa, mas a fotografia fica”. Uma realidade, eu passarei, você passarás e todos passarão, mas a fotografia, esse pedaço de papel que eterniza uma pessoa, um lugar ou qualquer coisa, permanece ali. Hoje em minha casa, folheando os álbuns, eu viajo no tempo, por lugares e ao lado de gentes que nunca vi e nem conheci, compartilho a felicidade que aquelas pessoas estão vivenciando, uma coisa interessante, é se um dos personagens dessa foto está presente, pois ela narra aquele momento, e você visualiza na fotografia. A fotografia é um elixir para aliviar a dor da saudade, pois quem tem sentimentos, sempre derrama uma lágrima de saudade, saudade de um tempo que passou, mas ficou eternizado pela fotografia.

(Israel Batista)

Israel Batista de Sousa
Enviado por Israel Batista de Sousa em 08/03/2016
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