DIVIDIR PARA CONQUISTAR OU BAGUNÇAR ("Um reino dividido não prospera, mas é muito mais fácil de ser conquistado por outros." — Jacó Pires)
Não conheço as razões que levaram os técnicos da secretaria da educação a desmembrar o Ensinar da Língua Portuguesa em Gramática e Redação: a separação dos profissionais da educação para lecionar: um redação (Tópicos de redação), e o outro gramática gerou maior desavença entre colegas (Cadê a Literatura?). Como se vê, conheço perfeitamente os males dessa divisão: a incoerência predomina.
Este ano, estou lecionando gramática, e o colega do ensino de redação limitou o meu uso do livro didático adotado pela secretaria de educação, alegando que tais e tais partes eram de uso exclusivo dele. Testei em sala, e os alunos reclamaram quando propus ler um texto do livro. Qual seria o mal se um mesmo texto fosse abordado de diversos ângulos, por profissionais de outras disciplinas até!? Quem lhe ensinou que o ensino da gramática deveria ser descontextualizado e solitário? E quem o ensinou a jogar os alunos contra o colega de trabalho, prejudicando o aprendizado deles? Ingênuos! Que a escola pague, como um todo, os pecados de seus próprios elementos; assim dividindo, a dor é menor. E a situação se agravou tanto que só nos restou uma conclusão: É mais fácil tolerar alunos carentes de atenção do que professor carente de poder!
No final, o que acontecerá se os alunos ficarem com nota baixa em gramática, e as notas forem boas em redação ou vice-versa? Apenas mais uma tremenda contradição! Será que os mercenários politiqueiros da educação não se importam com o que os outros veem em seus feitos? Ou suas intenções não são mesmo oferecer o crescimento intelectual e formação completa? Ou será ainda se eles acham que todos nós somos otários! Idiota para mim, é todo aquele que faz idiotice!
Tive conhecimento do diário eletrônico do tal professor de redação, e ele lançara os mesmos conteúdos da matriz curricular única como matéria dada, assim também fizera eu, registrando os mesmo conteúdos. A secretaria não nos dá outra opção, o currículo mínimo é mínimo mesmo. Quem fragmentou o ensino da Língua Portuguesa, não se atentou para ajustar, ampliar e diferenciar o tal currículo (como se pudesse).
Agora estou me virando como posso; um texto aqui, outro acolá e recortes de jornais e revistas abundantemente. E posso contar com a denúncia do oponente, que já me criticou juntamente com a secretária da unidade escolar pelo meu muito usar o material do jornal "daqui", pois é barato e acessível. E outra, além da concorrência dos professores pelo livro didático, não sei como se trabalha a Língua Portuguesa em sala de aula sem que todos os alunos tenham o livro ou o texto utilizado em comum.