Pingos nos is

Gostei do pronunciamento de Lula, ele demonstrou indignação, mas não ódio.Foi um pronunciamento digno de um grande líder que não aposta no quanto pior, melhor.

É claro que essa "condução coercitiva" foi um abuso de poder. Poderia citar a opinião de democratas, esquerdistas, religiosos, artistas e o escambau, mas vou apenas me ater à opinião de um especialista em leis que não é da esquerda, da direita, do centroe nem de banda: oministrodo STF Marco Aurélio de Mello. Sobre o abuso ele disse o seguinte: "Condução coercitiva? O que é isso? Eu não compreendo. Só se conduz coercitivamente, ou, como se dizia antigamente, debaixo de vara, o cidadão que resiste a não comprarecer para depor. E Lula não foi intimado". E mendou deprimeira: "É preciso colocar os pontos nos'is'. O atropelamento não conduz a coisa alguma.Só gera incerteza jurídica para todos os cidadãos. Amanhã constroem um paredão nos Três Poderes". E sobre o argumento que foi para dar proteção a Lula: "Será que ele (Lula) queria essa proteção? Eu acredito que esse argumento foi dado para justificar um ato de força. Isso implica em retrocesso, e nao em avanço". E ensina:"Nós, magistrados, não somos justiceiros. Não se avança atropelando regras básicas".

Uma opinião que é também um puxão de orelhas. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 04/03/2016
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