EDUCAÇÃO DO LAR.

O SEQUESTRO DE UM CÃO.

Crônica de Honorato Ribeiro.

(Baseado num livro: “O sequestro de um cão).

Um grande empresário criava um cão alemão de estimação. Quando ele chegava da labuta de sua empresa, ia logo abraçar a seu cão. E assim era a sua praxe; ao chegar e ao sair teria de ir fazer carinho a seu cão. Certo dia a sua filha, que já tinha 18 anos de idade, filha única, disse-lhe:

-Pai, eu preciso falar com você.

-Depois conversaremos, minha filha, estou bastante apressado, pois há muita questão para eu resolver.

Deu às costas para filha e se dirigiu ao cão; beijou-o, deu carinho, e se afastou. Entrou no carro e seguiu para a fábrica. Chegou para o almoço. Tirou a gravata, o paletó e sentou-se à mesa com a família para o almoço. Acabou de almoçar, deitou um pouco e se levantou. Colocou a gravata, o paletó e ia saindo, quando a filha lhe disse:

-Pai, eu preciso muito falar com você...

-Depois, minha filha. E se dirigiu ao canil para acarinhar o seu cachorro. Partiu, entrou no carro e seguiu para a empresa e a filha, com os olhos chios de lágrimas, ficou em pé decepcionada com seu pai por nunca ele ter tempo para conversar com ela. E assim passavam-se os dias, semanas e meses, mas o pai nunca parou para ouvir a sua filha.

Certo dia, quando o empresário chegou à sua residência e deu por falta do cão e virou uma fera. Ninguém em casa soube do sumiço do cão. Ele mandou imprimir panfletes com a foto do seu cão distribuiu. Nele dizia: “Sequestro de um cão, raça alemã, o dono pagará dez mil reais quem o achar.” No panflete colocou o número do telefone, endereço da rua e o nome do dono do cão. Colou nas rádios e TVs e espalhou muita gente a procura do cão, pois era um bom dinheiro a receber pela captura do animal.

Domingo de missa era sempre cheia de fiéis para assistirem à santa missa, mas, naquele domingo do sequestro do cão, foram à santa missa os idosos. Ao fazer a homilia, o padre zangou-se e disse aos fiéis: Trocaram Jesus por um cão?! Por dez mil reais!? Que cristãos são estes, que o dinheiro é mais importante do que a comunhão com Cristo?!

O empresário já não dormia, pois ninguém encontrou seu cão amado. Resolveu contratar um investigador famoso. Contratou e ficou esperando e com grande confiança que o investigador acharia seu cão.

Belo dia o telefone tocou. Era o investigador.

-Achou o meu cão?

-Precisamos nos encontrar, naquele restaurante e almoçar. Lá conversaremos sobre o seu cão. Desligou e saiu em direção ao restaurante. Quando chegou ao restaurante, o empresário já estava sentou à mesa. O investigador sentou-se à mesa e chamou o garson e pediu-lhe que colocasse cinco pratos para o almoço. E disse para o empresário: Temos três visitas para almoçar conosco. Naquele momento, entraram a sua filha e o namorado e sentaram à mesa. O garson começou a servi-los. O empresário nervoso e confuso pergunto para o investigador:

-Há quatro, aqui, almoçando, mas o outro convidado não apareceu! Quem é ele?

-Está bem perto de nós sentado à mesa...

-Como? Não estou vendo o outro? Está brincando comigo!?

-Não, prepara que eu lhe apresentarei ao senhor.

-Pois, não!

-A sua filha várias vezes quis conversar com o senhor, mas a sua resposta era que não tinha tempo, mas para o seu cão, tinha, não é verdade?

-Aonde o senhor quer chegar?!

-É que o senhor, empresário, é o vovô que está aqui na barriga de sua filha. E este jovem é o pai da criança. Quem sequestrou seu cão, foi sua filha, por ciúme e talvez ficasse revoltada, pois o senhor amava mais seu cão de que sua única filha.

E você, caro leitor foi bem educado e amado por seus pais? Direi, recebeu bom pré-conceito deles? Pré-conceito com hífen é a boa educação e formação que recebemos em casa, na escola, na educação religiosa. Mas há muita gente, e é a maioria, que recebe um pré-conceito ruim, péssimo e se transformou em piores bandidos, sem moral, sem ética, sem caráter e sem pudor; e “tem vergonha de ser honesto”. Se gostou de ler a minha crônica, dê-me um abraço.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 03/03/2016
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