O "ser" bom.
por Gabriella Gilmore
Zé Carlos tem uma grande amiga de faculdade no qual nunca perderam o contato, mesmo ambos terem seguido vidas diferentes.
Em uma das conversas sobre a questão de “ser” bom, ele indagou sua amada amiga sobre o casamento mecânico no qual ela vive.
Maricélia tem 27 anos e é casada com um senhor de 59 anos.
Nada contra a diferença de idade, porém a “conveniência cega demais às pessoas”. Pensava Zé Carlos quase que diariamente.
- Mari, não sei como você suporta o seu esposo. Mesmo eu fazendo parte do mesmo time de xadrez dele, eu em particular o acho uma figura hipócrita que vomita filosofias compradas.
- Ah Zezinho! Ele tem sim seus diversos defeitos, mas ele é um ser bom. Me ajuda tanto com minhas filhas de outros dois casamentos e me trata tão bem!
- Sabe Mari, minha definição do “ser” bom é aquele que faz caridade sem aparecer. É a pessoa que ajuda o outro sem pedir algo em troca. É trabalhar com exemplos porque falar é muito fácil. Ser bom vai além de comprar o outro com dinheiro ou te alisar quando lhe convém.
- Você quer dizer que eu estou com ele por interesse?
- Não sei, você está?
- (silêncio).