Quantos Rios cabem dentro de ti, Rio querido?
És o Rio que amo, o Rio que vivo,
O Rio que Deus me escolheu pra viver...
Apesar dos 451 anos de idade,
És novo, garoto, belo moço,
De ilustres histórias, grandes memórias...
Tua cara de grande metrópole,
De capital famosa, não esconde alguns trejeitos
E até fragilidades de pequena cidade...
Sabes, meu querido, hoje vindo para o trabalho,
Parei para reparar-te um pouco mais...
Entre tuas montanhas, praias, pessoas que correm,
De um lado para o outro, reafirmei o que já sabia...
Realmente tu és belo demais!
És sim, lindo... Mas perigosamente controverso...
Como podes ser tão deslumbrante,
Expor tanta beleza, ser tão exuberante,
Se em tuas ruas tão famosas,
Escondem-se pessoas mazeladas,
Maltrapilhas, desprezadas
Pela fome, pela violência,
Pelo descaso da sociedade?
Como podes ser tão lindo,
Se em teus sinais fechados,
Crianças marginalizadas brincam de ser adultas,
Exploradas, trabalham como gente grande;
Ou perdidas, afundam-se no mundo das drogas?
És realmente uma Cidade Maravilhosa...
Mas és o Rio do perigo, do controverso,
Dos assaltos, das balas perdidas...
És o Rio que habitas entre riquezas, belezas,
Mazelas e incertezas...
Ainda assim, és o Rio que amo, és o Rio meu...
Rio de belas praias, cachoeiras,
Se sempre, de braços abertos,
A todos recebes, beijas, acolhes?
Sim, entendo-te...
Choras porque não suportas mais...
Choras porque imploras pelo fim
Da violência, do descaso, da intolerância...
Choras porque não suportas mais
Ser tão sugado, explorado por políticos corruptos;
Ser destruído pela ganância dos poderosos...
Mas sabes, ainda assim...
Continuas lindo... E a cada dia te amo mais...
Então, sejam todos bem vindos...
Cariocas de nascença,
De adoção, de vivência,
Cariocas de alma, cariocas da gema...
Sejam bem vindos ao Rio!
O Rio dos moradores, dos turistas,
Dos brasileiros...
Só não esqueçam que este
Não é o Rio apenas
Das novelas de Manoel Carlos,
Da boemia, do Calçadão de Copacabana,
Das canções de Vinícius...
Até aceito que sejas intitulado
Nosso Garoto de Ipanema...
Apenas não te esqueças, Rio querido,
Que dentro de ti, habitam outros mundos,
Outras cidades...
Também és o Rio dos trens super lotados,
Do metrô sardinha em lata,
Dos ônibus caindo aos pedaços...
És o Rio do descaso dos subúrbios,
Da pobreza das favelas,
Das mazelas da baixada...
Mas ainda bem que em ti, também habitas,
Uma gente decente, amiga, hospitaleira,
Gente que trabalha,
Que brinca, sorri de tudo, que ajuda,
Que batalha,
Gente que adora um samba...
E a propósito, ainda me pergunto...
Como podes ser tão lindo assim,
E ainda suportar tantos Rios dentro ti?
O Rio que Deus me escolheu pra viver...
Apesar dos 451 anos de idade,
És novo, garoto, belo moço,
De ilustres histórias, grandes memórias...
Tua cara de grande metrópole,
De capital famosa, não esconde alguns trejeitos
E até fragilidades de pequena cidade...
Sabes, meu querido, hoje vindo para o trabalho,
Parei para reparar-te um pouco mais...
Entre tuas montanhas, praias, pessoas que correm,
De um lado para o outro, reafirmei o que já sabia...
Realmente tu és belo demais!
És sim, lindo... Mas perigosamente controverso...
Como podes ser tão deslumbrante,
Expor tanta beleza, ser tão exuberante,
Se em tuas ruas tão famosas,
Escondem-se pessoas mazeladas,
Maltrapilhas, desprezadas
Pela fome, pela violência,
Pelo descaso da sociedade?
Como podes ser tão lindo,
Se em teus sinais fechados,
Crianças marginalizadas brincam de ser adultas,
Exploradas, trabalham como gente grande;
Ou perdidas, afundam-se no mundo das drogas?
És realmente uma Cidade Maravilhosa...
Mas és o Rio do perigo, do controverso,
Dos assaltos, das balas perdidas...
És o Rio que habitas entre riquezas, belezas,
Mazelas e incertezas...
Ainda assim, és o Rio que amo, és o Rio meu...
Rio de belas praias, cachoeiras,
Montanhas, densa natureza...
Durante o dia,
Calor, praia, mar de extrema beleza;
Finalzinho de tarde,
Temporais, enchentes, engarrafamentos,
Barracos ao chão, caos,
Desalento, descomunal tristeza...
Mas ainda assim...
És o Rio que moro, que adoro, que amo...
Mas por que choras tanto,És o Rio que moro, que adoro, que amo...
Se sempre, de braços abertos,
A todos recebes, beijas, acolhes?
Sim, entendo-te...
Choras porque não suportas mais...
Choras porque imploras pelo fim
Da violência, do descaso, da intolerância...
Choras porque não suportas mais
Ser tão sugado, explorado por políticos corruptos;
Ser destruído pela ganância dos poderosos...
Mas sabes, ainda assim...
Continuas lindo... E a cada dia te amo mais...
Então, sejam todos bem vindos...
Cariocas de nascença,
De adoção, de vivência,
Cariocas de alma, cariocas da gema...
Sejam bem vindos ao Rio!
O Rio dos moradores, dos turistas,
Dos brasileiros...
Só não esqueçam que este
Não é o Rio apenas
Das novelas de Manoel Carlos,
Da boemia, do Calçadão de Copacabana,
Das canções de Vinícius...
Até aceito que sejas intitulado
Nosso Garoto de Ipanema...
Apenas não te esqueças, Rio querido,
Que dentro de ti, habitam outros mundos,
Outras cidades...
Também és o Rio dos trens super lotados,
Do metrô sardinha em lata,
Dos ônibus caindo aos pedaços...
És o Rio do descaso dos subúrbios,
Da pobreza das favelas,
Das mazelas da baixada...
Mas ainda bem que em ti, também habitas,
Uma gente decente, amiga, hospitaleira,
Gente que trabalha,
Que brinca, sorri de tudo, que ajuda,
Que batalha,
Gente que adora um samba...
E a propósito, ainda me pergunto...
Como podes ser tão lindo assim,
E ainda suportar tantos Rios dentro ti?