Burquina Faso
Burquina Faso é um pequeno País Africano, uma parte do seu território está na área limítrofe compreendida pelo maior deserto do mundo o Sahara.
Nesse País há um homem que combateu o deserto e o transformou numa floresta, esse homem chama-se Yacouba Sawadogo. Em um solo originariamente pobre e desnutrido esse homem fez vicejar um floresta, ele transformou-se em uma lenda por vencer uma luta que muitos consideravam perdida, a desertificação.
O trabalho do Sr. Yacouba começou na década 80. O solo onde plantava suas culturas era muito pobre e ele resolveu testar uma técnica antiga utilizada no Mali, País vizinho a Burquina Faso. Essa técnica, o “Zai” deu resultados e o incentivou a continuar o trabalho.
Em vinte anos aplicando o “Zai” , sua produtividade aumentou e ele havia construído uma floresta de trinta hectares com grande diversidade de espécies.
Mark Dodd, cineasta, resolveu fazer um documentário para narrar a história, chamado “O Homem que parou o deserto”. O Sr. Yacouba passou a dar palestras pelo mundo. A ONU convidou-o para falar na Convenção sobre o combate a desertificação do planeta. Yacouba ganhou apoio financeiro para continuar seus experimentos.
O ‘Zai’ consiste em recuperar solos pobres. O início da técnica consiste em fazer buracos circulares com 20 a 40 cm de diâmetro e 10 a 20 cm de profundidade, as dimensões variam de acordo com o tipo de solo. Os orifícios são feitos durante a estação seca, entre novembro e maio, em Burkina, e o número de crateras no solo varia de 12.000 a 25.000 por hectare.
Estes buracos são preenchidos com adubos e fezes de animais. Ele recomenda seiscentos gramas por buraco – e, após a primeira chuva, deve-se cobrir cada cova com uma fina camada de terra depois de colocar as sementes. Com isto, cada buraco serve como um funil para reter a umidade e os nutrientes durante a estação seca e evitar que as sementes sejam levadas pela chuva, perdendo sua eficácia.
A técnica ‘Zai’ pode aumentar a produção em 500% se executada da maneira correta.
O homem é capaz de fazer o que ele quiser, é só tomar uma decisão e não ligar para os pessimistas de plantão. O polígono da seca no Nordeste brasileiro pode se tornar um oásis de fartura, vamos implantar o "ZAI" e resolver esse problema de vez.
Aguarde!!! Vai aparecer aqui, um brasileiro, um ser de fala mansa que dirá "aqui a coisa é feia, tão feia, mas tão feia, que não tem nada a ver com o deserto do Sahara."