PARTE AYRES KOERIG. SIGNIFICATIVO E GRANDIOSO SONETISTA.
Quando uma luz incomum se apaga a sensibilidade do mundo fica mais pobre. Os abençoados vivem mais, ensinam mais, dão os melhores exemplos da frutificação do amor.
Foi assim nosso querido AYRES KOERIG, singular e altivo do alto de sua envergadura moral, que partiu para o encontro com sua fé desmedida e incondicional.
Recentemente em “Na Presença de Deus”, soneto, disse: “Falei com Deus à noite em minha cama..,
Não foi um sonho eu LHE vi em verdade!”
É de fevereiro agora findo essa visão do privilégio de poucos. Um advento de seu encontro.
Arremata logo em seguida esse encontro dizendo: “Por isso quer de todos lealdade”.
Fiquei anão por sua advertência que me colocou sempre, também de outras vezes, pequeno diante de sua grandeza. De qual lealdade fala? Do distanciamento da crítica que minha compreensão não alcança e não absolve, daqueles que seriam seus símbolos, seus ministros, suas vozes, mas que pecam fortemente, talvez mais do que nós, nos crimes históricos da igreja, desde o Santo Ofício que de santo só teve a crueldade, até a pedofilia, o incesto entre familiares dos Borgia e tantos outros “pecados capitais”, que minha compreensão limitada censura, pois seriam um seguimento de uma igreja a qual pertenço por batismo católico, mas não silencio. E não paro de criticar. Ayres compreendia, estava além de conceitos humanos.
Não tenho a grandiosidade de uma alma santa, que santificou-se no ensinamento, na formação de uma família ímpar, no silêncio que compreende que a Igreja é de Deus e do Cristo, seu Filho, e não dos homens, meros veículos que não se afastam do pecado, mas ao menos propagam o Cristo sempre, ainda que de uma certa forma vilipendiado e tornado objeto negocial e político como lecionam vaticanistas de nota. Pecaminosos esses veículos, mas não em totalidade.
Ayres estava acima disso tudo, como um Francisco de Assis podia ver as dificuldades humanas e superando-as compreendê-las, e centrar-se em Deus e seu Filho, o Cristo, exclusivamente, por isso antes de partir pode com galas de reconhecimento conversar e ver Deus.
Que descanse na calma da eternidade, onde não mais existe doença sofrimento ou morte.