Nem o Sol, nem a Lua

Quando o dia nasce brota ao Leste a Felicidade,

Mas é com a Noite, o adentrar do breu, que ela se vai.

A cidade dorme,

Apartamentos escuros, nem os sonhos perambulam mais.

Restam os que fazem da noite o seu deleite,

O desabrochar de outras personalidades.

Quando a primeira luz do poste se apaga...

O vigilante volta para casa.

Enquanto a sentinela descansa,

Muitos engendram cobranças...

É mais um dia que muitos terão más lembranças.

Na noite sombria a prostituta ganha seu capital e exala felicidade,

Mas o mendigo que nada tem, arquiteta seu futuro:

A morte como salvação.

No vazio do peito do solitário fazendeiro, encontra-se um ambiente escuro,

Cercado de traços do passado.

No iluminar do Sol no campo,

Desce o manto para cobrir mais um dia feliz.

Na velha da sacada à noite

É o tempo em que se mostra

Ao vento pronta para o Falecido que nunca mais retornará.

Já no 202 tem festa quando a Lua adentra,

Sinal de comemoração que só a Felicidade pode proporcionar.

A Felicidade oscila: pode surgir com o dia, mas poderá desaparecer com a noite.

Ela não representa um movimento constante, mas não deixa de ser importante.

Desejam o Sol ou a Lua?

Prefiro a Felicidade.

Sergio Santanna
Enviado por Sergio Santanna em 07/07/2007
Código do texto: T555763
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