Nem o Sol, nem a Lua
Quando o dia nasce brota ao Leste a Felicidade,
Mas é com a Noite, o adentrar do breu, que ela se vai.
A cidade dorme,
Apartamentos escuros, nem os sonhos perambulam mais.
Restam os que fazem da noite o seu deleite,
O desabrochar de outras personalidades.
Quando a primeira luz do poste se apaga...
O vigilante volta para casa.
Enquanto a sentinela descansa,
Muitos engendram cobranças...
É mais um dia que muitos terão más lembranças.
Na noite sombria a prostituta ganha seu capital e exala felicidade,
Mas o mendigo que nada tem, arquiteta seu futuro:
A morte como salvação.
No vazio do peito do solitário fazendeiro, encontra-se um ambiente escuro,
Cercado de traços do passado.
No iluminar do Sol no campo,
Desce o manto para cobrir mais um dia feliz.
Na velha da sacada à noite
É o tempo em que se mostra
Ao vento pronta para o Falecido que nunca mais retornará.
Já no 202 tem festa quando a Lua adentra,
Sinal de comemoração que só a Felicidade pode proporcionar.
A Felicidade oscila: pode surgir com o dia, mas poderá desaparecer com a noite.
Ela não representa um movimento constante, mas não deixa de ser importante.
Desejam o Sol ou a Lua?
Prefiro a Felicidade.