EU SOU BRASILEIRO COM MUITO ORGULHO E MUITO AMOR - por Olavo Nascimento (26/02/2016)
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Confesso que esta crônica estava armazenada há algum tempo aguardando complementação de notícias e definições de textos. Confesso também que o seu título original era "Que Justiça é essa?", por não entender na ocasião, de certas decisões polêmicas do judiciário relacionadas a sentenças de indiciados, além da aposentadoria precoce do ex-presidente do Supremo Tributal Federal, Ministro Joaquim Barbosa. O pedido de saída do ministro foi uma notícia repentina e surpreendente de alguém que combatia com unhas e dentes a corrupção e a criminalidade, com determinação e amplo conhecimento das leis. A infeliz surpresa, no entanto, nos fez imaginar sinais obscuros de forças ocultas que o obrigou a decisão tão drástica. O abandono da sua importante posição no órgão máximo da justiça brasileira deixou a sociedade órfã de um baluarte implacável na defesa das leis constitucionais deste país.
Mas de lá para cá, dezoito meses após, alguns fatos ocorreram e ultimamente temos visto o STF bem mais preocupado em ajustar as leis visando caminhos mais rápidos em seus julgamentos, com o objetivo claro de se evitar as usuais impetrações de recursos que visam unicamente à prática absurda de prescrição de processos e a consequente impunidade de envolvidos. Haja vista a importante e recente decisão da maioria de seus ministros que determinou a prisão de condenados a partir da segunda instância, impedindo que os réus entrem com recursos e mais recursos em liberdade, afrontando a sociedade tão fragilizada com o descumprimento de leis por parte de criminosos endinheirados.
Algumas decisões do STF ainda geram polêmicas com certos afrouxamentos de penas de envolvidos em crimes, principalmente com relação à concessão de “habeas corpus” impetrados por nobres advogados contratados por indiciados de mala-cheia para postergar seus julgamentos. Mas temos que considerar também, a postura firme do Procurador Geral da República e do Ministro-Relator da Operação Lava-Jato que vêem dando importante colaboração no andamento das ações comandadas pelo Juiz Sérgio Moro, respaldando suas solicitações para o prosseguimento do seu trabalho investigativo junto à Polícia Federal.
O povo brasileiro não suporta mais o descalabro que estão fazendo neste país maravilhoso. Os jornais só mudam a data de edição, porque as notícias são sempre as mesmas: CORRUPÇÃO, CORRUPÇÃO, CORRUPÇÃO... Os poderes da República estão desmoralizados com o jogo de interesses e panelinhas em benefícios próprios. O Legislativo, o maior culpado disso tudo, por criar leis nas entrelinhas olhando para o seu rabo, é um ninho de ratos com tanta pouca vergonha e escândalos. Tanto o presidente do Senado Renan Calheiros, como o da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, estão sendo investigados pela Operação Lava-jato por prováveis falcatruas e recebimento de propinas de empresas fornecedoras da Petrobras. E convenhamos: se os dois presidentes daquelas casas estão envolvidos com desvios, imagine outros parlamentares de menor estirpe que tudo fazem para defendê-los. A maioria também tem o rabo preso com os articuladores das falcatruas e colocam obstáculos para evitar que investigações batem em seus pés. Fica difícil acreditar em honestidade para esses elementos, não é mesmo? Ainda mais que, com o passar dos dias, novos nomes vão aparecendo no noticiário sujo da corrupção.
A imprensa investigativa está fazendo o seu papel de maneira elogiosa e vem denunciando de forma sistemática todos os casos da roubalheira dos engravatados. Graças a ela, muitos processos foram abertos gerando condenações e prisões de políticos, dirigentes públicos e grandes empresários. Isso inclusive coloca o judiciário contra a parede, obrigando-o a agir com firmeza para não corroborar com o aumento da impunidade neste país. É um caso atrás do outro, como se fosse o nascimento de uma enorme serpente que não para de crescer. E a gente ainda tem que engolir a cara-de-pau em certos casos, como a do Senador Delcídio Amaral que declarou esta semana, após algumas semanas na prisão, que estaria retornando ao senado de cabeça erguida. Cabeça erguida para os seus pares, não para a sociedade que morre de vergonha por eleger gente tão sem escrúpulos.
Quando a gente comenta sobre política, verificamos que escândalos, frases de efeito ou declarações infelizes de parlamentares ou dirigentes públicos não são de hoje. Já teve ministro do governo militar há mais de vinte anos atrás, que disse: “O mal da Previdência é que o brasileiro se aposenta muito cedo e morre muito tarde.” Além dele indicar que o trabalhador deveria morrer logo após a sua aposentadoria, não deixou de ser uma previsão para que governos posteriores se preocupassem com reformas dos direitos dos aposentados. Os mesmos aposentados que foram chamados de vagabundos por Fernando Henrique Cardoso, que tiveram os cálculos de seus benefícios reduzidos ao longo do tempo e que são discriminados covardemente nos dias atuais com seus proventos sendo minguados todos os anos.
Hoje em dia devemos bater palmas para o Poder Judiciário por sua ilibada atuação contra o crime organizado por corruptos, torcendo para que suas investigações deem um exemplo de eficiência e decisão positiva contra essa gente que surrupia dinheiro do povo, mostrando o real retrato da honestidade que anda sendo desmoralizada por gente provavelmente envolvida e enrolada no mesmo bolo fétido da corrupção.
Devemos, enfim, acreditar nas autoridades patrióticas deste país, cujas esperanças devem ser renovadas constantemente pela sociedade brasileira. E acredito que não demorará muito o dia em que o cidadão andará de cabeça erguida, baterá no peito e exclamará bem alto e com bom som: “EU SOU BRASILEIRO COM MUITO ORGULHO E MUITO AMOR.
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AGRADEÇO SUA VISITA E COMENTÁRIOS. Abraços.
BLOG DO POETA OLAVO NASCIMENTO
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Confesso que esta crônica estava armazenada há algum tempo aguardando complementação de notícias e definições de textos. Confesso também que o seu título original era "Que Justiça é essa?", por não entender na ocasião, de certas decisões polêmicas do judiciário relacionadas a sentenças de indiciados, além da aposentadoria precoce do ex-presidente do Supremo Tributal Federal, Ministro Joaquim Barbosa. O pedido de saída do ministro foi uma notícia repentina e surpreendente de alguém que combatia com unhas e dentes a corrupção e a criminalidade, com determinação e amplo conhecimento das leis. A infeliz surpresa, no entanto, nos fez imaginar sinais obscuros de forças ocultas que o obrigou a decisão tão drástica. O abandono da sua importante posição no órgão máximo da justiça brasileira deixou a sociedade órfã de um baluarte implacável na defesa das leis constitucionais deste país.
Mas de lá para cá, dezoito meses após, alguns fatos ocorreram e ultimamente temos visto o STF bem mais preocupado em ajustar as leis visando caminhos mais rápidos em seus julgamentos, com o objetivo claro de se evitar as usuais impetrações de recursos que visam unicamente à prática absurda de prescrição de processos e a consequente impunidade de envolvidos. Haja vista a importante e recente decisão da maioria de seus ministros que determinou a prisão de condenados a partir da segunda instância, impedindo que os réus entrem com recursos e mais recursos em liberdade, afrontando a sociedade tão fragilizada com o descumprimento de leis por parte de criminosos endinheirados.
Algumas decisões do STF ainda geram polêmicas com certos afrouxamentos de penas de envolvidos em crimes, principalmente com relação à concessão de “habeas corpus” impetrados por nobres advogados contratados por indiciados de mala-cheia para postergar seus julgamentos. Mas temos que considerar também, a postura firme do Procurador Geral da República e do Ministro-Relator da Operação Lava-Jato que vêem dando importante colaboração no andamento das ações comandadas pelo Juiz Sérgio Moro, respaldando suas solicitações para o prosseguimento do seu trabalho investigativo junto à Polícia Federal.
O povo brasileiro não suporta mais o descalabro que estão fazendo neste país maravilhoso. Os jornais só mudam a data de edição, porque as notícias são sempre as mesmas: CORRUPÇÃO, CORRUPÇÃO, CORRUPÇÃO... Os poderes da República estão desmoralizados com o jogo de interesses e panelinhas em benefícios próprios. O Legislativo, o maior culpado disso tudo, por criar leis nas entrelinhas olhando para o seu rabo, é um ninho de ratos com tanta pouca vergonha e escândalos. Tanto o presidente do Senado Renan Calheiros, como o da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, estão sendo investigados pela Operação Lava-jato por prováveis falcatruas e recebimento de propinas de empresas fornecedoras da Petrobras. E convenhamos: se os dois presidentes daquelas casas estão envolvidos com desvios, imagine outros parlamentares de menor estirpe que tudo fazem para defendê-los. A maioria também tem o rabo preso com os articuladores das falcatruas e colocam obstáculos para evitar que investigações batem em seus pés. Fica difícil acreditar em honestidade para esses elementos, não é mesmo? Ainda mais que, com o passar dos dias, novos nomes vão aparecendo no noticiário sujo da corrupção.
A imprensa investigativa está fazendo o seu papel de maneira elogiosa e vem denunciando de forma sistemática todos os casos da roubalheira dos engravatados. Graças a ela, muitos processos foram abertos gerando condenações e prisões de políticos, dirigentes públicos e grandes empresários. Isso inclusive coloca o judiciário contra a parede, obrigando-o a agir com firmeza para não corroborar com o aumento da impunidade neste país. É um caso atrás do outro, como se fosse o nascimento de uma enorme serpente que não para de crescer. E a gente ainda tem que engolir a cara-de-pau em certos casos, como a do Senador Delcídio Amaral que declarou esta semana, após algumas semanas na prisão, que estaria retornando ao senado de cabeça erguida. Cabeça erguida para os seus pares, não para a sociedade que morre de vergonha por eleger gente tão sem escrúpulos.
Quando a gente comenta sobre política, verificamos que escândalos, frases de efeito ou declarações infelizes de parlamentares ou dirigentes públicos não são de hoje. Já teve ministro do governo militar há mais de vinte anos atrás, que disse: “O mal da Previdência é que o brasileiro se aposenta muito cedo e morre muito tarde.” Além dele indicar que o trabalhador deveria morrer logo após a sua aposentadoria, não deixou de ser uma previsão para que governos posteriores se preocupassem com reformas dos direitos dos aposentados. Os mesmos aposentados que foram chamados de vagabundos por Fernando Henrique Cardoso, que tiveram os cálculos de seus benefícios reduzidos ao longo do tempo e que são discriminados covardemente nos dias atuais com seus proventos sendo minguados todos os anos.
Hoje em dia devemos bater palmas para o Poder Judiciário por sua ilibada atuação contra o crime organizado por corruptos, torcendo para que suas investigações deem um exemplo de eficiência e decisão positiva contra essa gente que surrupia dinheiro do povo, mostrando o real retrato da honestidade que anda sendo desmoralizada por gente provavelmente envolvida e enrolada no mesmo bolo fétido da corrupção.
Devemos, enfim, acreditar nas autoridades patrióticas deste país, cujas esperanças devem ser renovadas constantemente pela sociedade brasileira. E acredito que não demorará muito o dia em que o cidadão andará de cabeça erguida, baterá no peito e exclamará bem alto e com bom som: “EU SOU BRASILEIRO COM MUITO ORGULHO E MUITO AMOR.
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AGRADEÇO SUA VISITA E COMENTÁRIOS. Abraços.
BLOG DO POETA OLAVO NASCIMENTO
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