Outra vez a Louca da Praia
Fora tão aprazível aquele passeio e tantas as benesses daquela semana cuja única obrigação era ir à praia! Obrigação, não! Refrigério!
Por isto quinze dias após o retorno à cidade montanhês voltou ao litoral. Precisava novamente de mais maresia para se curar da azia do cotidiano ao longo de 35 anos profissionais.
Além dos banhos de sol e mar buscou caminhadas na praia, no centro da cidade, passeios de barco, visitas a pontos turísticos, mergulhos... Foram tantos passatempos que naquele penúltimo dia de férias queria apenas uma leitura relaxante.
Entregou-se àquele banco na orla marítima que convidava ao assento. As leituras das crônicas daquele livro eram alternadas com olhares para o horizonte ou para a areia que se tornava cena do cotidiano de banhistas e vendedores ambulantes.
Mergulhou-se no mar daquele cronos que marcou as décadas dos “anos dourados” da burguesia brasileira. Personagens saltaram daquelas páginas: verdadeiras comédias das vidas privadas no Brasil.
Personagens românticas esquálidas com seus cigarros, roupas formais e modos peculiares à época passaram a se misturar com atores da atual realidade: obesos, beberrões, comelões e segmentos sociais que se ascenderam com o atual processo democrático brasileiro.
Rapidamente aquele banco e os demais estavam cheios de banhistas que aguardavam seus motivos para irem para a areia da praia. Passavam pessoas na calçada, na ciclovia e na avenida que direcionava o trafego.
O entretenimento pessoal e maior eram aquelas histórias que literariamente ganharam vida no processo dialético escritor/leitor.
Foi quando subitamente quebrando a monotonia da cena ela gritou com letras garrafais despertando a atenção de todos:
- EU ADORO NELSON RODRIGUES! JÁ LI TODA A PRODUÇÃO LITERÁRIA DELE...
Era a louca! Aquela que na crônica anterior foi descrita com suas bocas, caretas, danças e seus enormes fones brancos.
Levaram-se sustos até assimilar quem era aquela histriônica. Depois que ela se foi seguindo seu caminho houve risos e comentários de todos.
O autor preferiu guardar silêncio para na escrita fazer sua prosa e seu diálogo de cronistas de tempos diferentes: o romântico e o pós-moderno.
Aquelas personagens miscigenaram-se com esta no eterno discurso histórico e literário.
Fora tão aprazível aquele passeio e tantas as benesses daquela semana cuja única obrigação era ir à praia! Obrigação, não! Refrigério!
Por isto quinze dias após o retorno à cidade montanhês voltou ao litoral. Precisava novamente de mais maresia para se curar da azia do cotidiano ao longo de 35 anos profissionais.
Além dos banhos de sol e mar buscou caminhadas na praia, no centro da cidade, passeios de barco, visitas a pontos turísticos, mergulhos... Foram tantos passatempos que naquele penúltimo dia de férias queria apenas uma leitura relaxante.
Entregou-se àquele banco na orla marítima que convidava ao assento. As leituras das crônicas daquele livro eram alternadas com olhares para o horizonte ou para a areia que se tornava cena do cotidiano de banhistas e vendedores ambulantes.
Mergulhou-se no mar daquele cronos que marcou as décadas dos “anos dourados” da burguesia brasileira. Personagens saltaram daquelas páginas: verdadeiras comédias das vidas privadas no Brasil.
Personagens românticas esquálidas com seus cigarros, roupas formais e modos peculiares à época passaram a se misturar com atores da atual realidade: obesos, beberrões, comelões e segmentos sociais que se ascenderam com o atual processo democrático brasileiro.
Rapidamente aquele banco e os demais estavam cheios de banhistas que aguardavam seus motivos para irem para a areia da praia. Passavam pessoas na calçada, na ciclovia e na avenida que direcionava o trafego.
O entretenimento pessoal e maior eram aquelas histórias que literariamente ganharam vida no processo dialético escritor/leitor.
Foi quando subitamente quebrando a monotonia da cena ela gritou com letras garrafais despertando a atenção de todos:
- EU ADORO NELSON RODRIGUES! JÁ LI TODA A PRODUÇÃO LITERÁRIA DELE...
Era a louca! Aquela que na crônica anterior foi descrita com suas bocas, caretas, danças e seus enormes fones brancos.
Levaram-se sustos até assimilar quem era aquela histriônica. Depois que ela se foi seguindo seu caminho houve risos e comentários de todos.
O autor preferiu guardar silêncio para na escrita fazer sua prosa e seu diálogo de cronistas de tempos diferentes: o romântico e o pós-moderno.
Aquelas personagens miscigenaram-se com esta no eterno discurso histórico e literário.
Leonardo Lisbôa
Barbacena 06/02/2016
*Você lê sobre a primeira aparição desta personagem identificada como “A Louca” aqui:
1. http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/55042852. http://www.barbacenaonline.com.br/noticia/cronica/a-louca-da-praia
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